Mercedes reconhece “dia difícil”, mas valoriza aprendizado em “amargo” GP de São Paulo
Chefe de engenharia de pista da Mercedes, Andrew Shovlin fez um rápido resumo do GP de São Paulo e avaliou as performances de George Russell e Lewis Hamilton
Andrew Shovlin, chefe de engenharia de pista da Mercedes, fez um breve resumo do que aconteceu no GP de São Paulo, realizado neste domingo (3), e lamentou o resultado decepcionante conquistado no autódromo de Interlagos. O britânico, porém, disse que as Flechas de Prata deixam o Brasil com muitos aprendizados na bagagem que serão importantes para as últimas três etapas da temporada 2024 da Fórmula 1.
Enquanto Lewis Hamilton teve um fim de semana extremamente complicado, tanto na sprint quanto na corrida principal, quando cruzou a linha de chegada apenas em décimo, George Russell deu melhores sinais de vida. O #63 largou da segunda posição e atacou Lando Norris, da McLaren, logo nos primeiros metros, chegando a liderar durante boa parte da prova, mas acabou retrocedendo e teve de se contentar com o quarto lugar.
“Foi uma rodada tripla difícil para a equipe — e o último dia de competição continuou praticamente da mesma forma. A classificação e a corrida em si foram meio amargas. Lewis sofreu para ganhar confiança no carro e não passou do Q1 em uma sessão que viu vários carros terminarem fora de posição. George conseguiu ter maior confiança na traseira e conquistou um bom segundo lugar no grid”, disse Shovlin aos repórteres após a corrida.
“A largada abortada levou a algumas circunstâncias incomuns, mas quando a corrida propriamente dita começou, George estava indo forte na frente até que o safety-car virtual foi acionado no mesmo instante em que a chuva ficou mais forte. Queríamos usar essa oportunidade para trocar os pneus intermediários que estavam desgastados e fomos acompanhados por Norris, segundo colocado, até os boxes, enquanto [Max] Verstappen e os pilotos da Alpine ficaram na pista e arriscaram esperar por um safety-car ou bandeira vermelha, o que acabou acontecendo mais tarde”, lamentou.
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“Quando a corrida foi retomada, e todos estavam com pneus novos, George conseguiu passar [Charles] Leclerc e assumiu a quarta posição, mas aí ficou preso atrás de um carro mais lento e não conseguiu ir além, pois não tínhamos o DRS disponível. O mesmo aconteceu com Lewis, embora um pouco mais atrás, que chegou aos pontos, mas não conseguiu ultrapassar [Liam] Lawson, apesar de várias tentativas”, resumiu o engenheiro da Mercedes.
Com o resultado, o time de Brackley chegou a 382 pontos na classificação do Mundial de Construtores, 162 tentos atrás da Red Bull, terceira colocada, e 211 da McLaren, líder do campeonato. Apesar das dificuldades enfrentadas, Shovlin admitiu que esperava mais, no entanto, saiu satisfeito com as lições aprendidas.
“O quarto e o décimo lugares parecem uma recompensa pequena depois de liderarmos a primeira parte da corrida, mas aprendemos muito neste fim de semana e nas últimas três provas. Vamos nos concentrar nesse trabalho nos próximos dias, para nos dar a base mais forte para a última rodada tripla da temporada”, encerrou.
A Fórmula 1 agora tem duas semanas de descanso e volta apenas no fim de semana dos dias 22 a 24 de novembro, na segunda edição do GP de Las Vegas.
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