Russell detona estratégia em “doloroso” GP de São Paulo: “2º lugar era mínimo”
George Russell liderou boa parte do GP de São Paulo após assumir a ponta na largada, mas se complicou após fazer um pit-stop instantes antes da bandeira vermelha
O GP de São Paulo, realizado neste domingo (3), proporcionou um cenário de imprevisibilidade que possibilitou que alguns pilotos se colocassem em uma melhor posição na corrida. Um deles foi George Russell, que passou a liderar a prova já na primeira volta. No entanto, o cenário instável de Interlagos acabou também prejudicando o inglês, que foi aos boxes instantes antes da bandeira vermelha. Após a prova, o titular da Mercedes lamentou o ocorrido e afirmou que esperava, “no mínimo”, um segundo lugar.
Segundo Russell, em entrevista acompanhada pelo GRANDE PRÊMIO, “era muito claro” que o safety-car ou a bandeira vermelha seriam acionados naquele momento da prova por conta do aumento da chuva. Para o piloto do #63, que cruzou a linha em quarto lugar, estava “impossível de pilotar” naquelas condições.
A previsão do britânico se concretizou, já que na volta 31 o safety-car foi à pista por conta da baixa visibilidade e a sessão foi paralisada dois giros depois por conta do forte acidente de Franco Colapinto. No entanto, a Mercedes não aceitou a sugestão de Russell e chamou-o para os boxes instantes antes dos incidentes.
“Sim, é muito doloroso. Do ponto de vista da equipe, não é nada óbvio. Do cockpit, era muito claro que teríamos uma bandeira vermelha ou um safety-car, porque as condições eram impossíveis de pilotar. A chuva não estava diminuindo. Dava para ver uma grande nuvem negra acima de mim. Então, recebi um alerta do meu engenheiro dizendo para parar”, relembrou o piloto.
“Estamos trabalhando como uma equipe, tentando tomar as melhores decisões no momento. Claramente, os caras que não pararam terminaram no top-3 e nós terminamos como o melhor dos pilotos que pararam, então fico com uma pequena fatia de satisfação com isso”, comentou.
Russell também destacou que teve um debate no rádio com a equipe para saber se iria parar ou não na volta 29. Mesmo insistindo, Russell acabou cedendo e fez o pit-stop. No entanto, olhando em retrospectiva, o titular da Mercedes acredita que ficaria “no mínimo” em segundo lugar se tivesse segurado mais tempo em pista.
“Começaram dizendo que era para parar. Eu disse: ‘vou ficar na pista’. Falaram para parar novamente e eu disse para ficar na pista. E disseram para parar de novo, e então na última vez, você tem de ir. Às vezes, tem de confiar na sua intuição. Da última vez que confiei na intuição, deu muito certo”, afirmou.
“Hoje, quem sabe se poderíamos ter vencido a corrida, mas se não tivéssemos parado, estaríamos liderando na relargada e, nas primeiras 30 voltas, controlando o ritmo com o Lando atrás. Também tínhamos uma ótima velocidade em linha reta, segundo lugar teria sido o mínimo”, cravou.
A Fórmula 1 agora volta às pistas em três semanas para o GP de Las Vegas, nos Estados Unidos, entre os dias 21 e 23 de novembro.
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