Fato: o W14 não surtiu o efeito esperado pela Mercedes, e a equipe passou longe de esconder isso ao longo da temporada da F1. Lewis Hamilton, por exemplo, já explanou estar feliz por encerrar a temporada com a ‘coisa’.
É por isso que os alemães querem se livrar desse ‘trauma’ e vão mudar praticamente tudo no W15, carro de 2024. O chefe do time, Toto Wolff, confirmou.
“Estamos mudando o conceito”, disse ele. “Estamos nos afastando completamente da forma como definimos o chassi, a distribuição de peso, o fluxo de ar”, seguiu.
“Quase todos os componentes estão sendo alterados, porque só fazendo isso acho que temos uma chance. Podemos errar também. Então, entre não ganhar o que esperamos, recuperar o atraso e dar um grande passo e competir na frente, tudo é possível”, completou.
No ano passado, a Mercedes soltou um suspiro mais aliviado na reta final do campeonato pela vitória de George Russell no GP de São Paulo. Em 2023, nem isso. A equipe, pelo menos, conseguiu concretizar o vice em Abu Dhabi, ainda que Hamilton tenha ficado bastante insatisfeito com a falta de equilíbrio do W14 #44.
Wolff reiterou que otimismo é uma palavra forte. E a escalada para alcançar a Red Bull é terrivelmente grande.
“Nunca em minha vida me senti otimista em relação a nada. Pode parecer um pouco infeliz, mas isso me protegeu sobre como gerenciar minhas expectativas e apenas me esforçar mais. Porque acho que nunca é bom o suficiente. É por isso que estou sentado aqui com um sentimento agridoce. Conseguiu o vice [no Mundial de Construtores], mas perdemos o título”, colocou.
“Acho que precisamos encarar isso, ser humildes e considerar como uma boa coisa. No entanto, há um Monte Everest para chegar na Red Bull. Não tenho dúvidas de que a McLaren estará bem no próximo ano, e talvez a Aston Martin e talvez outras”, encerrou.