Mercedes revela que parou desenvolvimento para 2021, mas promete: está viva na briga

Toto Wolff, chefe da Mercedes, revelou que a equipe agora só trabalha em evoluções pensando na temporada 2022. Mas ainda crê no título de 2021

Verstappen domina e vence na casa da Red Bull: os melhores momentos do GP da Estíria (GRANDE PRÊMIO com Reuters)

Mais uma corrida veio, mais uma passou com a Red Bull à frente da Mercedes. O GP da Estíria do fim de semana, primeira de duas provas seguidas na Áustria, terminou com vitória de Max Verstappen e superioridade notória da Red Bull. De acordo com o chefe da Mercedes, Toto Wolff, as diferenças são reflexos da decisão da equipe alemã de pensar no ano que vem e parar de desenvolver o W12.

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Apesar da falta de aporte para o carro deste ano, Wolff garante que a Mercedes está muita viva na luta pelo título e que vencerá corridas e conquistará poles neste 2021. Destacou que, em algum momento, a rival terá de fazer o mesmo e parar com as novidades para preparar o bólido que colocará na pista a partir de 2022, quando uma nova geração de carros ingressa na F1.

“A primeira corrida em oito anos em que simplesmente faltava ritmo, onde dá para ver que paramos de desenvolver o carro para esse ano, porque acreditamos que é tão importante acertar nos próximos anos”, disse.

Tem que aplaudir mesmo, Bottas. Max Verstappen liderou de ponta a ponta o GP da Estíria e rumou tranquilo para a 14ª vitória da carreira (Foto: Red Bull Pool Content/Getty Images)
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Segundo ele, a escolha da Mercedes em interromper o desenvolvimento do W12 foi “bem complicada”, mas era necessário colocar na balança a realidade deste ano em comparação com a nova geração de carros que nasce em 2022.

“Temos novas regras não apenas para o ano que vem, mas por vários anos. Um conceito completamente diferente onde você precisa escolher o equilíbro correto. Todo mundo vai cuidar do carro do ano que vem. Alguns [departamentos] talvez ainda tragam coisas novas, enquanto a Red Bull trouxe caminhões de coisas novas na quinta e na sexta-feira. E é justo, é uma estratégia que está se provando bem-sucedida. Hoje, eles simplesmente estava num campeonato à parte em questão de desempenho”, garantiu.

Mesmo sem atualizações e 40 pontos atrás após as derrotas seguidas, nega que o campeonato já está destinado para a rival.

“O campeonato não é ganho apenas nas partes aerodinâmicas, porque em determinado momento até a Red Bull vai ter de pensar no ano que vem. Significa a otimização do carro através do setup, do trabalho de ajuste, os pneus e a melhora de como estamos andando. Tudo isso se torna muito importante. Não faria sentido mudar o foco dos nossos trabalhos de volta para esse ano por uma, duas semanas ou um mês, porque os ganhos não seriam nem próximos aos que estamos fazendo no carro de 2022”, falou.

“Com isso dito, isso [o campeonato] está longe de encerrado. Tivemos um fim de semana muito complicado na Áustria, sem armas em nosso arsenal para ganhar essa corrida em condições normais, mas vamos vencer corridas. E teremos pole-positions e vamos lutar o quanto for possível por cada resultado”, prometeu.

Questionado pela rede de TV inglesa Sky Sports se Hamilton aceitou o plano, visto que pediu atualizações para lutar com a potência da Red Bull, e Wolff quis sair pela tangente.

“O piloto sempre luta com tudo que tem. Conversamos antes e foi, na verdade, uma decisão bem racional. As atualizações que a gente poderia trazer não vão acabar com o déficit aerodinâmico com a magnitude dos custos destas novas regras aerodinâmicas. Fato. Eles também vão parar as atualizações em algum momento, porque seria perigoso para o campeonato do ano que vem. A luta ainda está totalmente viva. Este não foi nosso melhor circuito no passado e não foi hoje também. Não significa que não temos armas restantes em nosso arsenal”, finalizou.

A Fórmula 1 segue em Spielberg, nesta mesma pista, onde corre o GP da Áustria na semana que vem. Depois disso, Inglaterra e Hungria fecham a primeira perna da temporada 2021.

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