Mercedes reitera permanência, mas projeta redução de orçamento pela metade em 2021
Ola Källenius, CEO da Daimler, empresa-mãe da Mercedes, entende que não há motivo para a marca deixar a Fórmula 1 e traçou um paralelo com o Bayern de Munique no futebol
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Nas últimas semanas, a Daimler, empresa-mãe da Mercedes, tem reiterado que a equipe que vem dominando o Mundial de Fórmula 1 desde 2014 vai continuar no grid da categoria nos próximos anos, freando assim vários rumores sobre o futuro da organização no esporte. Mas o futuro, isso já para 2021, vai ser muito mais econômico.
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Isso porque a Fórmula 1 vai adotar, pela primeira vez, o teto orçamentário para limitar os gastos, sobretudo das equipes maiores, e tentar fazer com que a categoria seja mais equilibrada, sem o abismo que separa times como Mercedes, Ferrari e Red Bull, de maior poderio financeiro, das suas pares no grid.
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A partir do ano que vem, cada equipe vai poder gastar no máximo US$ 145 milhões (ou R$ 810 milhões, na cotação atual), mas não estão inclusos no teto custos de marketing, salários dos pilotos e os gastos com os outros três funcionários mais bem pagos de cada escuderia.
Segundo levantamento feito pelo site britânico RaceFans neste ano, a Mercedes teve um orçamento total em 2019 de US$ 425 milhões (ou R$ 2,37 bilhões), sendo inferior apenas ao da Ferrari, que gastou no ano passado cerca de US$ 435 milhões (ou R$ 2,43 bilhões).
Ola Kallenius, CEO da Daimler, falou à emissora britânica TV6. O executivo assegurou que a Mercedes vai continuar na Fórmula 1, mas terá uma abordagem um pouco diferente nos próximos anos.
“Não temos mais motivos para deixar a Fórmula 1 do que o Bayern de Munique se retirar do futebol”, ressaltou.
“Mas o ônus financeiro da empresa nos próximos três anos vai ser reduzido pela metade. E na Fórmula 1, nesse sentido, propomos metas mais agressivas do que em outras áreas da empresa”, disse o dirigente.
Os planos do chefão da Daimler estão voltados para buscar um alinhamento entre competitividade e uma filosofia de maior sustentabilidade, seja pela busca do carbono zero no programa da Mercedes para a Fórmula 1 e o incentivo ao uso de combustíveis sintéticos, algo que o Mundial vislumbra adotar a partir de 2023.
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