Mercedes tem em Hamilton sua grande arma, mas Ferrari e Vettel seguem favoritos na Bélgica

Lewis Hamilton tirou mais proveito que o rival Sebastian Vettel das condições adversas na Bélgica. O inglês foi brilhante mais uma vez e cravou a pole. Só que a corrida deve acontecer com pista seca, e isso recoloca o adversário em posição de vitória

Quase como uma reprise do aconteceu há quase 30 dias, Lewis Hamilton soube aproveitar melhor o inesperado – a chuva, no caso – para minar as chances da concorrência e se colocar em vantagem. Na confusão que se formou em Spa-Francorchamps quando a água se fez presente na parte final da classificação, o inglês usou tudo que tinha para estabelecer a pole-position, em uma volta precisa e preciosa, como costuma ser nestes cenários de caos. O #44 não era favorito desta vez. Nem a Mercedes, para falar a verdade. Quem vinha dominando era mesmo a Ferrari, empurrada por um novo e eficiente motor. A equipe liderara todos os treinos livres até a definição do grid e já ensaiava uma briga doméstica. Mas o clima sempre instável daquela região não permitiu que o roteiro seguisse por linhas tão óbvias. Assim, a chuva mudou tudo e ajudou a reiterar como a banda toca neste campeonato. E pela terceira vez em 2018, o tetracampeão britânico se mostrou soberbo e aniquilou o adversário.
 
Quer dizer, o líder do campeonato também vem em uma fase iluminada, mas que não pode ser usada para desmerecer seu talento e competência. Lewis foi melhor na chuva, como tem sido ao longo de sua história na F1 e a performance se torna uma arma também, porque desestabiliza o rival, que não consegue se impor de tal maneira em condições tão complicadas. Ou seja, embora a Mercedes agora não tenha o melhor carro e nem o grande motor de outros tempos, quem faz a diferença lá é o piloto, como tem de ser. 
Lewis Hamilton em Spa-Francorchamps, na Bélgica (Foto: Mercedes)

Hamilton colocou 0s7 em cima de Vettel no fim das contas. Mas também não dá para dizer que Seb cometeu erros – na verdade, o momento de saída do ferrarista é que comprometeu parte de sua volta, já se viu atrás de Esteban Ocon. E o alemão mesmo confessou que a situação toda causou certo nervosismo. Então, não dá para colocar tudo na conta do tetracampeão e nem minimizar o feito de Lewis. 

 
Só que a história da batalha entre os dois começa do zero amanhã. A previsão não aponta chuva, então o GP da Bélgica deve mesmo acontecer com pista seca, condição que coloca a Ferrari e Vettel em vantagem. O alemão esbanjou velocidade ao longo dos treinos livres, mas, mais importante que isso, exibiu um grande ritmo de corrida, que tirou proveito também do que vem empurrando essa nova versão do motor italiano. Ou seja, o roteiro de Hungaroring não deve se repetir em Spa, devido, obviamente, às longas retas e curvas de alta, mas também a esse conjunto italiano ainda mais eficiente. 
 
"Bem, eles eram favoritos hoje. E serão favoritos amanhã. Mas isso não significa necessariamente que eles vão vencer. Eu sei que será uma corrida muito dura, especialmente devido ao excepcional ritmo de corrida de Sebastian. Não sei se posso conseguir um ritmo assim, mas vou tentar ter uma boa largada e construir alguma vantagem, mas não será fácil. Todos viram a velocidade que a Ferrari tem aqui", explica bem Hamilton.
Sebastian Vettel em Spa-Francorchamps, na Bélgica (Foto: Ferrari)
Será a terceira vez no ano que os dois vão dividir a primeira fila. Mas, desta vez, há um ingrediente interessante: nenhum dos dois vai contar com a ajuda do companheiro de equipe. Kimi Räikkönen, que acabou fora da briga por um erro de cálculo de combustível da Ferrari, sai apenas em sexto, entre Romain Grosjean e Max Verstappen. Já Valtteri Bottas – e esse, sim, fará mais falta ainda a Hamilton – larga apenas da 19ª colocação. Então, a largada passa a ser ainda mais decisiva, assim como a apertada primeira curva e a Les Combes, após a grande reta. 
 
Então, mesmo saindo da segunda colocação, o tetracampeão é dono da vantagem. Ou pelo menos, sai em pé de igualdade com seu concorrente, que sabe bem disso.
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