Mercedes tenta solucionar dificuldade em curvas rápidas sem “pagar preço na reta”

Diretor de engenharia de pista da Mercedes, Andrew Shovlin apontou que as dificuldades experimentadas por Lewis Hamilton e George Russell no GP da Arábia Saudita estão ligadas a “algo mais fundamental” do carro. Agora, a equipe estuda dados para não ter de prejudicar o bom desempenho em reta

A Mercedes apontou para “algo mais fundamental” como causa da dificuldade de performance em curvas de alta velocidade na Arábia Saudita. Agora, às vésperas do GP da Austrália, a equipe trabalha para encontrar uma solução sem ter de sacrificar a boa performance em linha reta.

Durante a passagem por Jedá, a Mercedes teve dificuldade para acompanhar o ritmo dos rivais mais próximos nas curvas rápidas do circuito.

“Fundamentalmente, as limitações que tivemos na classificação e na corrida, foram basicamente as mesmas para ambos”, disse Shovlin em um vídeo publicado pela equipe. “Isso diz que não é uma pequena diferença, não é uma pequena mudança na cambagem, uma mola ou barra aqui e ali, é algo mais fundamental que precisamos aprofundar e entender”, seguiu.

De acordo com o engenheiro, a Mercedes já conseguiu identificar três causas para o problema de ritmo em comparação com as equipes rivais.

Andrew Shovlin não quer a solução fácil que prejudica desempenho nas retas (Foto: Mercedes)

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“Um deles é que o equilíbrio não estava ótimo. Então, nessas curvas muito rápidas, onde os muros não estão particularmente distantes, são as que o piloto quer muito confiante e, muitas vezes, nós estávamos quase saindo de frente se eles realmente se apoiassem nos pneus. Dá facilmente para imaginar o quanto isso é incômodo para os pilotos. Isso foi um fator na classificação e na corrida”, apontou. “Na classificação, nós também sofremos um pouco com quiques. Esse foi um problema menor na corrida: tem mais combustível no carro, você é um pouco mais lento e isso parece acalmar as coisas. Não foi um problema grande”, continuou.

“E o grande problema é que não temos aderência o suficiente. Então essa é uma das coisas em que estamos trabalhando duro nesta semana, pois Melbourne tem uma natureza similar das curvas. Estamos trabalhando muito para tentar entender o motivo de não termos conseguido a aderência de alguns de nossos rivais mais próximos”, acrescentou.

Shovlin avaliou que Lewis Hamilton e George Russell perdem cerca de “0s3 ou 0s4” por volta na comparação com os adversários mais rápidos. No entanto, a equipe não quer sacrificar os pontos fortes do carro para solucionar essa fraqueza.

“Fomos, de fato, um dos carros mais rápidos, se não o mais rápido, em linha reta”, apontou. “Portanto, estamos em um nível bastante leve e o que poderíamos fazer é reduzir a velocidade nos setores dois e três e recuperar um pouco deste tempo no setor um”, ponderou.

“Mas, idealmente, gostaríamos de manter isso e trabalhar para tentar melhorar o setor um de outra maneira do que simplesmente colocar mais carga de downforce no carro e aí pagar o preço na reta”, defendeu.

Assim, a Mercedes quer usar o intervalo entre Arábia Saudita e o GP da Austrália para buscar soluções que não impactem no desempenho do carro.

“Temos, com certeza, dados que coletamos em Jedá. Também estamos olhando os dados da corrida e do teste do Bahrein e vamos elaborar um plano de como abordar o treino livre em Melbourne”, avisou. “Mas não é apenas baseado no que fizemos em Jedá. Tem muito trabalho sendo feito no departamento de aerodinâmica, de dinâmica veicular, estamos tentando projetar alguns experimentos que, tomara, nos darão uma direção a seguir que seja boa para a performance”, encerrou.

Fórmula 1 volta entre os dias 22 24 de março com o GP da Austrália, terceira etapa da temporada 2024. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do fim de semana.

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