A Mercedes parece ter jogado a toalha e reconhecido que não vai ser capaz de desenvolver um equipamento competitivo até que o regulamento da Fórmula 1 mude em 2026. O chefe Toto Wolff admitiu que, por mais que ainda exista uma mentalidade vencedora dentro da equipe, é praticamente impossível bater a Red Bull com as regras que estão em vigor. Por isso, afirmou que mostrar sinais de evolução se tornou uma das metas da equipe.
Para a temporada 2024 da F1 a Mercedes abandonou o conceito do W14 e desenvolveu um conceito completamente novo. O W15, no entanto, se mostrou pior que seus antecessores e as Flechas de Prata se colocam como a quarta força do grid atualmente. Por outro lado, a Red Bull também chegou com um carro novo, mas que parece ser ainda mais forte que o dominante RB19 de 2023. Por isso, o dirigente reconheceu que as demais equipes do grid precisam se contentar em brigar pelas outras posições além do primeiro lugar.
“Se a sua expectativa é brigar por vitórias e pelo campeonato, então você tem um longo caminho a percorrer porque Max [Verstappen] e Red Bull estão muito à frente. Mas não é satisfatório para nenhuma das equipes lutar pelo segundo, terceiro ou quarto lugar. Sempre falei isso, se considerar do ponto de vista puramente esportivo, a vitória é o que importa, e não as outras posições”, apontou o chefe da Mercedes.
“Mas esta é uma realidade que enfrentamos no momento e estamos tentando aproveitá-la ao máximo. E isso significa vencer nossos rivais, reconhecendo que, ao mesmo tempo, ainda tem alguém que está fazendo um trabalho melhor e servindo como ponto de referência”, seguiu o chefe.
O mandatário da Mercedes ainda disse que pretende seguir com sede de vitória mesmo durante essa fase difícil. Porém, reconheceu que a realidade não é simples e afirmou que resultados que apresentem alguma evolução da equipe já pode ser considerado algo positivo.
“Não gostaria de perder essa ambição [de vencer], certamente não em 2025. Mas em 2026 tem uma grande mudança, que vai oferecer uma chance maior para que os outros times superem a Red Bull. Mas ainda falta muito para isso e não quero passar por muito mais sofrimento, seja qual for ele, nos próximos 18 meses. Só espero ter resultados que mostram algum progresso da equipe”, finalizou.
A Fórmula 1 volta a acelerar entre os dias 19 e 21 de abril, para o GP da China, retorno da etapa ao calendário pós-pandemia, com cobertura completa do GRANDE PRÊMIO.
