Schumacher recoloca família no grid da Fórmula 1 e chega cercado de expectativas

Mick Schumacher vai fazer sua estreia na Fórmula 1 na temporada 2021 e, assim recolocar o sobrenome da família no topo do esporte a motor mundial

O GP de Bahrein de 2021 vai ser palco de um momento histórico para o esporte a motor: a volta do sobrenome Schumacher ao grid da Fórmula 1. Mick Schumacher, filho do heptacampeão mundial Michael Schumacher, irá estrear na categoria no próximo dia 28. A carga emocional deste evento para o jovem piloto é ainda maior, já que são 30 anos desde a estreia de seu pai. E é óbvio que o debute de Mick está cercado de expectativas e apostas.

Em dezembro do ano passado, Mick Schumacher foi anunciado como mais novo piloto da Haas, formando dupla com o russo Nikita Mazepin. Assim, a equipe americana terá dois novatos na categoria, substituindo os veteranos Romain Grosjean e Kevin Magnussen. O brasileiro Pietro Fittipaldi completa o time, como piloto de teste e reserva.

A equipe, que estreou em 2016 na F1, foi apenas nona colocada no Mundial de Construtores em 2020. A melhor posição atingida pela escuderia foi em 2018, ficando em quinto lugar. Em 2021, a Haas não tem grandes pretensões, já que encara o ano como uma transição para a temporada 2022, onde terá mais investimentos para o regulamento novo.

Mick Schumacher faz a estreia na Haas no fim de semana (Foto: Haas)

No começo de março, a Haas apresentou o seu carro para a temporada 2021, o modelo VF-21. A pintura é uma homenagem à Rússia, país da patrocinadora Uralkali, empresa do pai de Mazepin. No entanto, apesar do visual novo, é praticamente o mesmo carro de 2020, com mudanças não mais do que pontuais.

Mick Schumacher sobe para a F1 após conquistar o título da F2 2020, correndo pela Prema. O piloto alemão venceu o campeonato atingindo 215 pontos, 14 a mais do que o segundo colocado, o britânico Callum Ilott. A principal qualidade de Mick foi a regularidade, já que venceu apenas duas corridas, em Monza e em Sóchi, mas acumulou resultados consistentes nas outras etapas e, assim, desbancou adversários de peso, como o próprio Ilott, Yuki Tsunoda, Robert Shwartzman, Guanyu Zhou e Felipe Drugovich.

Os resultados serviram para afastar cada vez mais a desconfiança do público no piloto, que demorou um pouco para engrenar na carreira. Muitos achavam que o jovem piloto só estava tendo chances por conta de seu sobrenome e não de seu talento. Günter Steiner, chefe da Haas, elogiou o desempenho de Schumacher na F2 e afirmou que está ansioso para recebê-lo no time.

Mick Schumacher leva o sobrenome eternizado pelo pai de volta à F1 após oito anos (Foto: Haas)

Não é a primeira vez que um filho de um campeão do mundo irá competir na Fórmula 1. Na verdade, outros cinco tentaram repetir os passos dos pais nas pistas de corrida. Além dos Schumacher, já competiram e foram campeãs a família Rosberg, de Keke e Nico, além da Hill, de Graham e Damon. Outros clãs que estiveram no grid foram Piquet, com Nelson e Nelsinho, Brabham, de Jack e David, além dos Andretti: Mario e Michael.

Para Mick será extremamente difícil repetir os feitos do pai, que venceu nada menos que sete vezes a elite do esporte a motor mundial. Apenas um piloto conseguiu igualar esse feito, justamente o inglês Lewis Hamilton, atual campeão.

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