Na Garagem: Graham Hill vence GP do México e conquista bi em temporada de mudanças na F1
A temporada de 1968 da F1 for marcada por grandes mudanças na categoria. Além da adoção das asas e da pintura dos patrocinadores dos carros, houve ainda a morte de diversos pilotos nas pistas – entre eles, Jim Clark. Em meio a tantos acontecimentos, Graham Hill conquistou seu bicampeonato mundial
Há exatos 50 anos, no dia 3 de novembro de 1968, Graham Hill conquistava a vitória no GP do México para tornar-se bicampeão da F1. O triunfo veio em uma temporada que ficou marcada por grandes mudanças no rumo da categoria.
O campeonato era o segundo do inglês no comando da Lotus do genial Colin Chapman. Entretanto, o primeiro ano de parceria entre piloto e equipe não foi de tanto sucesso assim, com dois segundos lugares – Mônaco e Estados Unidos, como melhores resultados.
A primeira corrida de 1968 aconteceu na África do Sul, no dia 1º de janeiro. Em uma disputa sem grandes problemas, Jim Clark, companheiro de Hill na época, conquistou aquela que seria sua 25ª, e última, vitória da carreira.
Entre as provas em Kyalami e o GP da Espanha, que foi realizado apenas em maio, a dupla da Lotus participou de uma etapa da F2, em Hockenheim. Em um acidente terrível, o carro de Jim acertou as árvores na parte mais rápida do circuito, o matando instantaneamente.
O GP da Espanha (Foto: Rob Ryder)
Com a morte do britânico, Hill tornou-se o responsável por assumir a liderança da equipe, precisando coloca-la de volta aos trilhos. E logo mostrou que seria capaz, pois conquistou a vitória em Jarama em um de seus maiores triunfos – o primeiro desde o GP dos EUA de 1965.
Duas semanas mais tarde, ele mais uma vez se encontrou com a vitória em Mônaco, agora guiando uma Lotus com novos aspectos técnicos – uma asa dianteira e um aerofólio traseiro. Pouco tempo depois, Ferrari e Brabham também começaram a adotar a peça.
Mas nem tudo seria tão fácil para Hill. Dali até o final da temporada, contou com quatro abandonos e mais uma corrida fora da zona de pontos em oito etapas. Enquanto isso, seus dois principais adversários na briga pelo título subiriam algumas vezes no degrau mais alto do pódio – Jackie Stewart, da Matra, três e Denny Hulme, da McLaren, duas.
Chegou então a última etapa da temporada. A decisão do campeonato teria o México como palco, e Graham desembarcou na cidade mexicana como líder da classificação, sustentando três pontos de vantagem para Stewart e seis para Hulme.
Hill em Mônaco (Foto: Olli Suominen)
No grid de largada, todos os postulantes ao título foram desbancados por Jo Siffert, um suíço que conquistou a pole-position. Hill e Hulme sairiam da segunda fila, enquanto Stewart alinharia apenas na quarta.
Com a largada autorizada, o titular da Lotus logo assumiu a primeira colocação, com Stewart em terceiro e Hulme em quinto. Em uma corrida bastante disputada, os três postulantes estavam constantemente trocando de posições na ponta do pelotão. Entretanto, no final, foi Hill quem levou a melhor, abocanhando sua terceira vitória de '68 e o título daquele campeonato. Stewart foi sétimo, com Hulme abandonando.
A temporada de 1968 ainda foi vista como um ponto de grandes mudanças na F1. Afinal, apresentou três grandes inovações para a categoria – a utilização de asas, a pintura dos carros nas cores dos patrocinadores e a adoção de capacetes que cobriam a cabeça inteira do piloto.
Aquele campeonato também teve a amarga marca de quatro mortes de pilotos durante o ano, embora apenas Jo Schlesser, no GP da França, tenha sofrido acidente fatal em evento oficial da F1. Além dele e de Clark, Mike Spence em um treino para a Indy 500 e Ludovico Scarfiotti durante um evento de subida de montanha foram os outros óbitos.
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