O que é corrida sprint e como vai funcionar na Fórmula 1 em 2022?

As corridas sprint foram a grande novidade da F1 em 2021, com três edições. 2022 promete seis provas ao longo do ano, com São Paulo de novo na lista

VERSTAPPEN CAMPEÃO SOBRE HAMILTON: TUDO SOBRE A F1 2021 | Paddock GP #272

A Fórmula 1 trouxe uma novidade para 2021 com as novas corridas sprint, disputadas no sábado e com um terço de duração em relação a uma corrida normal. O objetivo da novidade é definir o grid de largada para a prova de domingo de uma maneira diferente do habitual na F1, com o sistema bem-sucedido de classificação dividido entre Q1, Q2 e Q3. O antigo formato permanece, mas nos finais de semana em que a corrida sprint acontece, a sessão é realizada na sexta-feira (em horário que é normalmente realizado o TL2) e serve para definir a ordem de largada no sábado. O resultado da corrida sprint propriamente dita é que define, no sábado, o pole-position do evento principal do fim de semana.

Outra peculiaridade é que as corridas sprint premiam os três primeiros colocados com pontos extras, na seguinte ordem: o vencedor da prova de sábado marca 3 tentos, contra 2 do segundo melhor posicionado e 1 do terceiro lugar.

Em 2021, a Fórmula 1 realizou a corrida sprint em caráter experimental em três praças muito importantes para a categoria: Inglaterra, Itália e Brasil. Apesar da possibilidade de ver duas corridas no mesmo final de semana, a categoria precisou lidar com a falta de emoção em muitos momentos das corridas curtas. Um grande revés no sábado prejudica totalmente as pretensões de um bom fim de semana. Prova disso foi o ocorrido com Pierre Gasly em Monza.

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Valtteri Bottas conseguiu vencer duas corridas sprint em 2021 (Foto: Mercedes)

O campeão mundial Max Verstappen e o finlandês Valtteri Bottas foram os que mais aproveitaram os bons resultados das corridas sprint e conseguiram somar 7 pontos cada nas três disputas — Max venceu na Inglaterra e chegou em segundo na Itália e Brasil, enquanto Bottas foi o terceiro em Silverstone e triunfou em Monza e Interlagos.

A cerimônia de premiação das corridas sprint não têm o caráter de entrega de troféus no pódio, como acontece nos GPs propriamente ditos, mas trouxeram algumas peculiaridades. Em Monza, por exemplo, os três primeiros receberam medalhas, entregues pelo campeão olímpico dos 100 m rasos e do revezamento 4 x 100 m, o italiano Lamont Marcell Jacobs, realizando assim um sonho antigo de Bernie Ecclestone, ex-chefão da Fórmula 1.

O fim de semana do GP de São Paulo marcou a mais memorável corrida sprint da temporada e reservou um momento histórico para Lewis Hamilton, que acabou como vice-campeão do Mundial de Pilotos em 2021. O britânico foi punido por uma irregularidade na asa móvel de sua Mercedes, foi excluído da classificação de sexta-feira e precisou largar do fundo do grid, na última posição. Ainda assim, Lewis ultrapassou 15 carros à sua frente para fechar em quinto lugar.

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A F1 vai ampliar bem a gama de corridas sprint para 2022, mas descarta utilizar o formato em todos os GPs (Foto: Michael Regan/Getty Images/Red Bull Content Pool)

Uma nova punição o derrubou ao décimo posto do grid na largada da prova de domingo, mas o inglês conseguiu repetir a atuação histórica para ultrapassar todos os carros à sua frente e vencer, em momento que a Red Bull colocava Verstappen muito próximo ao título — que acabou conquistando no final.

Ross Brawn, diretor-esportivo da Fórmula 1, classificou a corrida sprint em Interlagos como a melhor das três já realizadas em 2021. “A corrida sprint de sábado foi, na minha opinião, a melhor das três. Teve muita ação, várias disputas, inclusive com o Lewis [Hamilton] escalando o pelotão. Foi um sábado de muito entretenimento, um aperitivo para o prato principal no domingo”, afirmou o dirigente.

“Tivemos um sábado incrível também. Nunca pode ser subestimado o quanto a corrida sprint impacta na sexta-feira. Com apenas uma hora de treinos livres, cria uma imprevisibilidade para o resto do fim de semana, pois as equipes não estão preparadas. Acho que as bases estão consolidadas para a sprint e vamos, em breve, apresentar nossos planos para seis eventos em 2022”, seguiu.

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A Fórmula 1 premiou com medalhas o top-3 da corrida sprint em Monza (Foto: Lars Baron/Getty Images/Red Bull Content Pool)

Para 2022, a Fórmula 1 vai dobrar a meta: serão seis corridas sprint ao longo do ano, e apenas a etapa de São Paulo deve voltar a receber o evento no ano que vem. Além de Interlagos, os outros cinco locais planejados são Bahrein (Sakhir), Emília-Romanha (Ímola), Canadá (Montreal), Áustria (Red Bull Ring) e Holanda (Zandvoort).

Desta forma, a primeira corrida sprint de 2022 tende a ser justamente na estreia do calendário, em 19 de março. Uma das ideias do Liberty Media, ainda não oficialmente confirmada, é colocar a prova rápida no anel externo do circuito barenita, em traçado que foi palco do GP de Sakhir de 2020.

Em contrapartida, Inglaterra e Itália, que sediaram corridas sprint em 2021, ficaram fora da lista para a próxima temporada.

A grande epopeia de Lewis Hamilton na corrida sprint do GP de São Paulo de Fórmula 1 (Vídeo: F1)
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