Piastri conta que ignorou engenheiro em duelo contra Leclerc em Baku: “Só tinha uma chance”

Oscar Piastri ouviu do engenheiro de corrida, Tom Stallard, para poupar pneus no segundo stint, mas fez o contrário, batendo Charles Leclerc no GP do Azerbaijão

Oscar Piastri revelou após o GP do Azerbaijão, realizado domingo (15), que precisou ignorar os conselhos do engenheiro pessoal de corrida, Tom Stallard, para chegar à segunda vitória na Fórmula 1. A ultrapassagem sobre Charles Leclerc na volta 20 de 51 aconteceu no instante em que o australiano recebeu instrução para poupar pneus.

Piastri largou em segundo e acompanhou Leclerc de perto durante o primeiro stint da prova, ambos com os compostos médios, porém sem conseguir se aproximar o suficiente para buscar a manobra e saltar para a liderança. Após a troca de pneus obrigatória, Stallard entrou no rádio e pediu ao #81 para cuidar mais da borracha do que o feito na primeira parte.

Oscar, entretanto, forçou bastante o ritmo e começou a descontar a vantagem construída por Charles até o momento em que, na abertura do 20º giro, surpreendeu o monegasco e assumiu a liderança. Leclerc não se deu por vencido e tentou achar espaço para dar o troco até as voltas finais, o que também forçou Piastri a uma pilotagem mais defensiva.

Após a corrida, o piloto da McLaren explicou aos jornalistas em Baku que sabia que seria preciso arriscar para vencer, já que deixou para frear tarde para efetuar a ultrapassagem. “Vi 50% de chance após o pit-stop e sabia que tinha de tentar para aproveitá-la”, começou.

Oscar Piastri precisou arriscar para vencer em Baku (Foto: AFP)

“O timing foi o que me fez ganhar a corrida. Fiquei um pouco triste pelo meu engenheiro, porque tentei fazer isso no primeiro stint, mas destruí completamente os pneus. Então, ele veio no rádio e disse: ‘Não vamos fazer isso novamente’, basicamente. Eu o ignorei completamente na volta seguinte e caí para dentro…”, confessou.

“Naquele momento, senti que ficar atrás e esperar Charles [sofrer com o desgaste dos pneus] não aconteceria nunca. Achei que iríamos garantir somente o segundo lugar. Se não aproveitasse aquela oportunidade, nunca mais teria outra”, continuou.

“Crédito para Charles, ele foi incrivelmente justo. Talvez tenha pensado que eu iria passar reto, mas fiquei agradavelmente surpreso por ter feito a curva 1. Foi uma jogada de alto risco e alto comprometimento, mas era o que eu precisava fazer para tentar vencer”, completou Piastri.

Em seguida, o jovem de 23 anos afirmou que foi “incrivelmente difícil” segurar a pressão de Leclerc por tanto tempo, já que só conseguiu escapar da zona de detecção do DRS nos giros finais.

“Chegar à liderança seria, digamos, 40% do trabalho, mas sabia que segurá-la seria 60%. Sabia que tinha usado muito os pneus para tentar ficar na frente e o tipo de impacto que isso teve no primeiro stint, então só torci para que o ar limpo me ajudasse a ficar na ponta”, seguiu.

“Ajudou um pouco, mas perde-se muito tempo com o DRS, então manter Charles atrás foi muito estressante. Não podia cometer um único erro. Cometi alguns, mas em uma pista como Baku, é impossível pilotar a toda velocidade e não cometer nenhum. Tive sorte de eles não terem sido grandes o suficiente para me custar [a vitória]. Acho que, para mim, foi uma das melhores corridas que já fiz”, encerrou Piastri.

Fórmula 1 volta de 20 a 22 de setembro em Singapura, 18ª etapa da temporada, nas ruas de Marina Bay.

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