Para “curtir outras coisas”, Räikkönen se vê longe do paddock quando deixar F1
Kimi Räikkönen só quer ficar no paddock se for como piloto. Flertando com a aposentadoria, o finlandês sente que não vai seguir presente apenas para manter vínculo com a Fórmula 1
Kimi Räikkönen ainda é piloto da Fórmula 1, mas provavelmente não fica por muito mais tempo no paddock. Às vésperas do aniversário de 41 anos, o momento é de reflexão sobre o futuro para o finlandês. É possível que o campeão siga pilotando em 2021, mas, caso contrário, fica o aviso: Kimi não tem interesse em seguir envolvido com a categoria quando pendurar o capacete.
Ao contrário de outros pilotos que se aposentam e seguem presentes no paddock, seja por envolvimento com equipes ou por função de comentarista em veículos de comunicação, Räikkönen sente que a saída da F1 vai representar a chance de explorar outros interesses.
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“Eu nunca voltei quando fui correr de rali, nem ficava de olho [na F1]”, disse Räikkönen à revista Autosport, fazendo referência à ausência no grid em 2010 e 2011. “Eu via as corridas se passavam na TV. Eu vinha para Mônaco, mas por um motivo completamente diferente da corrida. Acho que não vi nenhum carro, talvez só os da F2 de manhã cedo quando voltava do bar. Não tenho sentimentos ruins, mas depois de fazer algo por tantos anos… Não vou ficar se eu não tiver nenhum trabalho ligado a isso. Eu não vou virar comentarista ou algo assim, isso é fato. Meus filhos estão interessados no esporte. Se eles quiserem vir um dia, nós faremos isso. Só que não vou ficar desesperado para voltar porque tento curtir outras coisas”, destacou.
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A aposentadoria, entretanto, está longe de ser fato consumado. Räikkönen ainda é uma opção para a Alfa Romeo em 2021, dada a incerteza da escuderia sobre a próxima dupla de pilotos.
Caso siga no grid, Räikkönen vai sobrar como piloto com mais GPs na história da F1. O finlandês empatou com os 322 de Rubens Barrichello no GP da Rússia e vai se isolar na liderança no GP de Eifel, em Nürburgring. Nada que empolge Kimi, todavia.
“Se alguém me perguntar [o número de GPs], eu não tenho ideia. Nunca olhei quantas corridas eu já fiz ou quantas os outros fizeram. É óbvio que as pessoas falam disso, mas não faz diferença para mim. Acho que a maioria dos recordes serão quebrados no futuro. Não estou aqui porque quero fazer sei lá quantas corridas. Enquanto eu conseguir aproveitar, fico feliz em fazer”, encerrou.
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