O’Ward diz que seria “conto de fadas” vencer Indy 500 e ir à F1: “Sou bom o suficiente”

Ainda que a tabela de tempos não seja tão representativa como durante a temporada, Pato O’Ward chamou atenção ao encerrar os testes de pós-temporada de Abu Dhabi na segunda colocação nesta terça-feira (28), apenas 0s269 atrás do líder Esteban Ocon. Já confirmado como reserva da McLaren na Fórmula 1 para 2024, o mexicano acredita que, quanto mais tempo tiver no carro da equipe inglesa, mais estará próximo de uma oportunidade na categoria.

“Absolutamente”, respondeu O’Ward ao ser questionado se o sentimento é de estar mais próximo da F1. “A cada vez que você faz um TL1 ou um teste, ganha mais tempo no carro. Isso significa que alguém acredita em você e está te dando a oportunidade de estar pronto, caso as portas se abram”, apontou.

O foco total de sua carreira no momento, entretanto, é vencer a Indy 500 com a McLaren. Depois de passar perto do triunfo em 2022, que ficou com Marcus Ericsson, O’Ward destacou que seria um “conto de fadas” vencer a mítica prova em Indianápolis e partir para a Fórmula 1 em seguida.

“Estou totalmente focado no que preciso fazer na Indy, porque quero dar à McLaren a vitória na Indy 500”, garantiu Pato. “Quero ser a pessoa que deu isso a eles, porque estou com a equipe há quatro anos e vou começar o quinto em 2024”, afirmou.

“E então, seria um verdadeiro conto de fadas abraçar o desafio da Fórmula 1 e ser um competidor real, não apenas vir aqui e me divertir”, salientou.

Ao detalhar sua experiência no teste de Abu Dhabi, no qual completou 103 giros, Pato ressaltou o aprendizado volta a volta. Segundo ele, cada tentativa na pista apresentava um entendimento melhor sobre a pilotagem, e o mexicano sentiu que conseguiu dominar o carro o suficiente para se aproximar do limite.

Além disso, o quarto colocado da Indy 2023 fez questão de destacar o esforço físico necessário para pilotar um carro de Fórmula 1, extremamente desafiador devido à altíssima carga aerodinâmica que produz.

“Do início ao fim do dia — e até mesmo entre penúltima e última saídas com pneus macios —, o aprendizado que fui fazendo curva a curva foi enorme”, avaliou. “Acho que estou muito próximo [do limite]. Ainda tem um pouco para ser alcançado, mas cheguei a um ponto muito bom hoje, em que senti que dominei o carro”, disse.

“Fiz mais de 100 voltas hoje e meu pescoço aguentou. Então, estou orgulhoso. Vocês não têm ideia do trabalho que tive de fazer no pescoço nos últimos dois anos. Eu o destruí dia após dia para poder suportar o que esses carros são capazes de fazer”, ressaltou.

Por fim, Pato garantiu que não aposta todas as suas fichas em uma oportunidade na Fórmula 1. O mexicano assegurou que “é bom o suficiente” para integrar o grid, mas avaliou que, caso a chance não apareça, as oportunidades com os carros da categoria o tornarão um piloto melhor em outros aspectos.

“Se você quer ser um campeão, precisa se colocar em posições desconfortáveis para crescer”, destacou. “É preciso muito trabalho, temos muitos detalhes finos e pode ser realmente frustrante às vezes. Porém, precisei trabalhar muito duro para chegar onde cheguei. Então, para mim, é um bom desafio para aceitar”, pontuou.

“Se acabar acontecendo [a chance na F1], fantástico. Sei que sou bom o suficiente para estar aqui. Mas, se não acontecer, apenas vou me tornar um piloto melhor em todas as outras áreas”, finalizou.

Com a temporada encerrada, a Fórmula 1 retorna apenas no ano que vem, no dia 2 de março, com a estreia do campeonato no GP do Bahrein.

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