Pirelli diz ter “consciência” de que pneu de chuva precisa melhorar, mas “dá para correr”
O diretor de automobilismo da Pirelli, Mario Isola, disse que o adiamento da classificação do GP de São Paulo pode ter sido causado por outros fatores, mas se for apenas pelo desempenho dos pneus de chuva, os pilotos "têm de andar mais devagar, só isso"
A Pirelli se manifestou após o caos que mais uma vez um temporal causou na Fórmula 1 e afirmou que tem “plena consciência” de que os pneus de chuva extrema precisam melhorar, porém Mario Isola declarou que “não é que não dê para correr”. O diretor de automobilismo salientou que o que levou o adiamento da classificação do GP de São Paulo para a manhã deste domingo (3), em Interlagos, não foi somente o desempenho da borracha.
A chuva torrencial começou a cair sobre o circuito paulistano cerca de 40 minutos antes do início da sessão (15h, de Brasília). A Federação Internacional de Automobilismo (FIA), então, foi empurrando o horário até que, às 16h45, confirmou a transferência da classificação para as 7h30 de domingo.
De quebra, a FIA ainda mexeu no restante de toda a programação, colocando a homenagem a Ayrton Senna às 10h e a largada do GP de São Paulo às 12h30. A previsão, no entanto, indica chuva durante todo o dia na cidade.
Assim que a decisão da direção de prova foi divulgada, o CEO da F1, Stefano Domenicali, falava ao vivo na transmissão quando foi interrompido por um indignado Lewis Hamilton — que conduzirá a McLaren do bicampeonato de Senna em Interlagos. “Se vocês nos dessem pneus de chuva e cobertores melhores, poderíamos correr”, disparou.
“É verdade que precisamos melhorar a performance do pneu de chuva extrema para gerar um cruzamento adequado com o intermediário”, disse Isola à imprensa. “Esse é o nosso alvo. No próximo ano, teremos um novo pneu de chuva com algumas pequenas modificações, já que infelizmente não tivemos a possibilidade de fazer um teste adequado com eles em um circuito de alta severidade. É exatamente disso que sentimos falta.”
“Mudamos um pouco o padrão da banda de rodagem, trabalhamos na construção e em um novo composto. Encontramos uma melhora. Não sei dizer se é suficiente ou não”, completou o diretor da Pirelli.
Em seguida, ao ser indagado especificamente sobre o adiamento da classificação do GP de São Paulo por conta da chuva, saiu pela tangente e ainda jogou para a categoria.
“Não sei por que Niels [Wittich, diretor de prova da FIA] decidiu não dar sinal verde para a sessão”, começou. “Não sei se foi por causa da visibilidade, da água parada, do risco de aquaplanagem ou de qualquer outro elemento. Não falei com ele, portanto não tenho informações sobre isso.”
“Se for apenas desempenho [do pneu de chuva], significa que eles tem de andar mais devagar, só isso. Portanto, o mais rápido dos carros lentos marca o melhor tempo. Temos plena consciência de que precisamos melhorar o desempenho do pneu de chuva extrema. Mas você pode correr com eles, não é que não dê para correr”, encerrou.
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