Pirelli estranha pista de Interlagos diferente, sem aderência e com zebras altas. E já admite avaliação

Diretor da Pirelli, Paul Hembery não disfarçou a estranheza que a pista de Interlagos lhe causou. O asfalto, que foi totalmente refeito no ano passado, parece diferente em 2015, as zebras estão mais altas, e isso gerou queixas dos pilotos durante o primeiro dia de treinos livres da F1 para o GP do Brasil, na última sexta-feira (13)

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O primeiro dia de atividades de pista do GP do Brasil de F1 foi de muitas dificuldades para os pilotos na condução dos seus respectivos carros. O motivo: crônica falta de aderência, sobretudo dos pneus traseiros, além das zebras mais altas. Na última sexta-feira (13), pouco depois do fim do segundo treino em Interlagos, Paul Hembery, diretor-esportivo da Pirelli, revelou surpresa e estranheza com a situação, já que não houve maiores problemas em 2014, ano em que a F1 correu diante de um asfalto totalmente novo do circuito paulistano. E o britânico já fala em avaliar o ocorrido para entender o que realmente está a acontecer.

 
"Parece que mudou um pouco o asfalto desse circuito em relação ao ano passado, está com pouca aderência, parece que não foi tão usado no último ano como historicamente acontece aqui”, declarou o engenheiro britânico em entrevista coletiva logo após a segunda sessão. 
Felipe Massa teve dificuldades com a falta de aderência do asfalto de Interlagos na sexta-feira (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)

Felipe Massa foi um dos pilotos que reportou falta de aderência crônica na pista: “Sem dúvida não foi um bom dia. Um pouco melhor do meio para o fim, mas até a pista começar a pegar um pouco de grip, a gente sofreu demais”, disse. "A gente tem de fazer muito para acertar. Temos chão pela frente para tentar corrigir, temos de colocar uma traseira mais estável. O pneu desgasta demais, não só para a gente, mas como para outras equipes”, acrescentou.

 
De fato, Interlagos não foi tão utilizado quanto em anos anteriores em razão das amplas reformas realizadas na estrutura do autódromo. A pista, então, naturalmente não tem o mesmo nível de borracha de outrora.
 
“O primeiro treino livre foi estranho, mas no segundo a gente viu voltas melhores e a diferença entre os dois compostos foi de 1s2. Também achamos que vai ser uma corrida de dois pit-stops, mas também há outras possibilidades se chover. Eu não vi os dados ainda, mas acho que os médios são mais interessantes que os macios em trechos longos", avaliou.
Hembery admite fazer avaliação sobre a falta de aderência dos pneus na pista de Interlagos (Foto: AP)
"Parece que esses problemas podem ter acontecido por conta da corrida do WEC no ano passado. Eu não vi pessoalmente, mas os engenheiros que caminharam pela pista apontaram isso e eu ouvi o mesmo de alguns pilotos. Definitivamente, é uma coisa que precisamos analisar e, se realmente for uma preocupação, teremos de levar isso à FIA”, acrescentou Hembery.
 
Embora a pista tenha sido emborrachada durante os dois treinos livres que abriram o fim de semana em Interlagos, o forte temporal que desabou na noite da última sexta-feira voltou a limpar a pista. Neste momento, o asfalto de Interlagos está úmido, mas deve ficar totalmente seco para o terceiro treino livre, marcado para 11h (horário brasileiro de verão).
 
Mas a falta de borracha da pista deve novamente proporcionar um baixo nível de aderência, de modo que os pilotos terão de lidar com mais um desafio no fim de semana do GP do Brasil.
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