Pirelli promove reunião e se mostra aberta a mudanças nos pneus, mas pede clareza com regras e menos restrições para testes
Uma reunião em Milão na próxima semana vai definir as diretrizes que a Pirelli vai seguir para o desenvolvimento dos pneus da F1 em 2017 - pelo menos é o que espera a fábrica de Firenze. Bernie Ecclestone, Jean Todt, alguns pilotos e talvez Charlie Whiting estarão presentes no encontro, onde a Pirelli deve pedir definições também no que diz respeito aos testes
O próximo dia 2 de fevereiro guarda uma reunião fundamental no que diz respeito às diretrizes do trabalho da Pirelli para o próximo ano. Ainda sem saber exatamente o que a F1 e suas equipes desejam para o que, espera-se, seja uma nova era dos pneus, a fábrica quer se certificar do que fazer.
Nesta reunião, Bernie Ecclestone vai conversar com o presidente da Pirelli, Marco Tronchetti Provera, sobre o novo acordo. Há alguns dias, Paul Hembery, diretor-esportivo da marca, afirmou que o contrato ainda não estava assinado. O presidente da FIA, Jean Todt, e alguns pilotos também estarão na reunião, que acontece em Milão. Charlie Whiting, diretor-técnico da FIA, ainda não está confirmado, mas a fornecedora de pneus da F1 espera sua presença.
Enquanto a posição dos pilotos é clara, de mais velocidade e menos degradação, ainda não se sabe o que Ecclestone e a FIA querem. A Pirelli já disse várias vezes que está pronta para qualquer pedido, mas precisa ouvir algo.
Paul Hembery quer respostas (Foto: Pirelli)
"A Pirelli recebe bem as novas revisões das regulamentações dos pneus, os comentários dos pilotos, junto com as exigências do promotor. Se eles se juntarem e concordarem no que querem de nós, então só podemos ficar felizes com isso. Recebemos tudo isso de braços abertos, porque é muito importante saber quais as metas que você tem. Precisamos ter uma carta de intenções muito claras, acordadas por todas as partes para descrever o que o esporte quer de nós", falou Hembery em entrevista à revista inglesa 'Autosport'.
Outro pedido – que na verdade está mais para a única exigência da Pirelli, é a quantidade de testes. Sem chances de colocar os pneus em testes para boa quilometragem, a fábrica diz não ter como inovar. É uma reclamação da Pirelli e uma crítica: se vê prejudicada.
"Eu sei que parece uma bateria musical, mas as pessoas precisam entender que somos proibidos de andar com qualquer carro histórico da F1, o que nos impede de fazer nosso trabalho. Alguns pilotos sugeriram que usássemos carros de 2012 com motor V8, mas não é relevante para a tecnologia atual, embora pudesse dar uma sensação real de aerodinâmica", avaliou.
"O problema é que não podemos. Somos proibidos, o que é uma pena. o esporte perdeu uma oportunidade de ajudar. Precisa nos dar as ferramentas e habilidade para testar e poder entregar o que estão pedindo. Seria o mesmo para qualquer outra companhia", encerrou.
Em 2016, no entanto, as mudanças não são tamanhas. Mas Kimi Räikkönen já não gostou e abriu a boca.
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