Prévia: F1 abre ‘novo’ campeonato à espera do milagre: o da aproximação à Mercedes

A F1 retorna à Europa neste fim de semana, com o GP da Espanha, em Barcelona, quinto de 2015. A pista catalã é a preferida para os testes coletivos e, portanto, é onde também as forças e as fraquezas de cada equipe devem ficar mais evidentes. A expectativa, então, é por um milagre nesta nova fase de 2015: o de ver quem realmente está mais perto da Mercedes

EM BARCELONA, ALONSO GUIA CARRO DO PRIMEIRO TÍTULO DE SENNA NA F1

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A F1 está de volta à Europa, e a porta de entrada para a nova fase da temporada é a já conhecidíssima pista de Barcelona, palco preferido dos testes coletivos. Portanto, é na Catalunha que as equipes vão deixar mais evidentes suas forças e fraquezas desta primeira parte do Mundial. Diante desse cenário, a expectativa para o ‘novo’ campeonato é quase a de um milagre: o da aproximação à Mercedes.

E, dados os resultados das quatro etapas iniciais de 2015, é certo dizer que a Ferrari é que sai na frente na tentativa de travar um embate mais próximo e real com os atuais campeões a partir de agora.

Apenas os pilotos das duas rivais foram ao pódio neste ano, sendo Lewis Hamilton o mais assíduo, com presença no top-3 nas quatro provas e em três no lugar mais alto. Por isso, é o inglês quem lidera a tabela de classificação, com expressivos 93 pontos, contra 66 do colega Nico Rosberg e 65 de Sebastian Vettel. Kimi Räikkönen vem um pouco mais longe, com 42. Mas não dá para descartar uma ascensão do finlandês, dada a atuação no Bahrein, especialmente. Além, é claro, da pressão ferrarista por conta da renovação de contrato.

Lewis Hamilton segue líder, enquanto a Ferrari tenta a aproximação (Foto: AP)

Assim sendo, é possível dizer que os quatro devem novamente comandar o espetáculo na ponta de cima, resta saber a ordem. A esquadra italiana já prepara um grande pacote de atualizações na tentativa de alcançar de vez o nível técnico da adversária – Niki Lauda chegou  a dizer nesta semana que a potência dos motores italianos já é a mesma das unidades da Mercedes. E o time vermelho deve novamente contar com as temperaturas mais altas na região catalã para dar o bote.

Ainda, do mesmo jeito que foi na Malásia, onde Vettel saiu vitorioso depois da estratégia e do melhor cuidado com os pneus, Barcelona também pode funcionar da mesma maneira. O asfalto é abrasivo e exige da borracha. O desgaste será grande, as curvas de média e alta velocidade serão determinantes, especialmente a longa curva 3 — que agora, depois do acidente sofrido por Fernando Alonso na pré-temporada, ganhou até câmeras de segurança. Dessa forma, a Pirelli vai repetir a combinação malaia e vai fornecer os mesmos compostos duros e médios. A Mercedes teve mais dificuldades para lidar com essa configuração.

Certamente, e assim como as demais, a equipe prateada também vai levar atualizações para o GP da Espanha, com a grande meta de afastar a ameaça ferrarista. Aí entra Nico Rosberg, que precisa reagir o mais rápido possível. O alemão viveu situações difíceis e controversas nas últimas duas provas e agora é imperativo que se coloque como principal rival de Hamilton.

Deixando a disputa pela ponta de lado, a equipe da sequência é a Williams. O time de Grove vinha bastante isolado como terceira força,mas agora pode ganhar uma companhia incômoda: a Red Bull. É claro que, depois de toda a reclamação, crítica, troca de farpas e tudo mais com a parceira Renault, os tetracampeões colocariam a cabeça no lugar. As três semanas de pausa foram bem aproveitadas para os aperfeiçoamentos de todos os lados.

A escuderia austríaca vai levar à Catalunha um bico totalmente novo, em que buscou usar tudo o que o regulamento permite — a promessa é de uma peça aerodinâmica radical. A inovação, segundo a imprensa europeia, já foi aprovada nesta semana nos testes de impacto da FIA. A ideia, obviamente, é não só lutar com a Williams, mas também achar um caminho para alcançar Mercedes e Ferrari.

Red Bull terá novidades para a etapa da Espanha (Foto: AP)

A Renault, por sua vez, confirmou que vai disponibilizar para suas clientes, Red Bull e Toro Rosso, uma especificação revisada do motor, com o claro objetivo de melhorar a confiabilidade e aperfeiçoar a dirigibilidade.

Naturalmente, o bloco intermediário vem composto por Sauber, Toro Rosso, Lotus e Force India. Pelos lados da equipe suíça, Felipe Nasr escapou desta vez de ceder lugar ao reserva Raffaele Marciello, que mais uma vez entra no primeiro treino de sexta-feira. Marcus Ericsson terá de deixar o carro à disposição.

Para a etapa espanhola, o time chefiado por Monisha Kaltenborn busca melhorar o acerto aerodinâmico, já que vem sofrendo em termos de downforce. E essa é uma das principais preocupações da esquadra, que continua na perseguição pela zona de pontos ainda assim. O lado positivo é que tanto Nasr quanto Ericsson conhecem muito bem o traçado catalão.


Já a escuderia de Faenza tenta se livrar das falhas de confiabilidade da Renault e é nisso que aposta todas as fichas. A Lotus, por sua vez, também traz novidades e vem mais relaxada depois do anúncio de que conseguiu crescer financeiramente.

Além disso, a Catalunha é o palco perfeito para a recuperação de Pastor Maldonado. O venezuelano atravessa uma fase de pouca sorte e cheia de acidentes. Talvez os ares de Barcelona, onde venceu de forma categórica em 2012, lhe façam bem.

A Force India está na linha do 'segue o jogo'. Não tem grandes atualizações, porque planeja colocar na pista a versão B de seu VJM08 apenas no GP da Áustria. Portanto, não deve apresentar grande salto de qualidade.

Já a McLaren Honda deve ganhar a atenção desde os primeiros minutos, graças a mudança na pintura do MP4-30. Agora mais escuro, o carro inglês ganhou atualizações. A Honda também introduziu novidades no motor, visando especialmente a dirigibilidade e a resistência. Interessante perceber que a montadora japonesa ainda não utilizou nenhum das nove fichas que possui para o desenvolvimento da unidade de força. Mesmo com todas as falhas, a fábrica nipônica optou por esperar mais e ir tratando seu motor por partes.

As imagens do McLaren Honda MP4-30
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Por fim, a Manor Marussia focou o trabalho na reestruturação operacional do time, contratou novos profissionais e aposta em uma preparação melhor para continuar evoluindo. Quanto às pilotos, o inglês Will Stevens permanece como titular o ano inteiro, o mesmo não pode-se dizer do espanhol Roberto Merhi, que ainda não sabe se vai seguir no time.

Prognóstico do GRANDE PRÊMIO 

1 44 LEWIS HAMILTON ING MERCEDES
2 6 NICO ROSBERG ALE MERCEDES
3 5 SEBASTIAN VETTEL ALE FERRARI
4 7 KIMI RAIKKONEN FIN FERRARI
5 19 FELIPE MASSA BRA WILLIAMS MERCEDES
RAPIDINHAS…

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1) Neste ano, o circuito de Barcelona vai receber a F1 pela 25ª vez na história. A pista entrou para o calendário do Mundial em 1991 e vem sendo a sede do GP espanhol desde então.

2) Mas este também será o 45º GP da Espanha de F1. O traçado de Jarama recebeu o Mundial em nove ocasiões, entre 1968 e 1981. Depois, a pista de Jerez de la Frontera passou a sediar a corrida, e isso aconteceu entre 1986 e 1997. Já o histórico Montjuic também foi palco da F1 quatro vezes, entre 1969 e 1975.

3) O primeiro GP da Espanha foi disputado em uma pista de rua, em Barcelona, no ano de 1951.

4) Michael Schumacher foi quem mais venceu o GP da Espanha na história da F1. O heptacampeão ganhou seis vezes. Duas vezes na Catalunha, em 1995 e 1996. E mais quatro vezes consecutivas, também em Barcelona, entre 2001 e 2004.

5) Antes de Schumacher, quatro pilotos conseguiram três vitórias na Espanha: Jackie Stewart, entre 1969 e 1971, Nigel Mansell, em 1987, 1991 e 1992, Alain Prost, em 1988, 1990 e 1993, e Mika Hakkinen, entre 1998 e 2000.

6) Schumacher também é o dono do maior número de poles em Barcelona. O alemão possui sete ao todo, em 1994, 1995 e entre 2000 e 2004.

7) Aliás, a pole-position tem grande importância em Barcelona. O dono da posição de honra do grid venceu em 18 oportunidades em 24 corridas.

8) No grid atual, apenas Fernando Alonso e Kimi Räikkönen venceram mais de uma vez em Barcelona. O espanhol ganhou com a Renault (2006) e também com a Ferrari (2013). Já o finlancês levou com a McLaren (2005) e com a Ferrari (2008).

9) A equipe mais vitoriosa na Catalunha é a Ferrari, com 12 triunfos.

10) No ano passado, a vitória foi Lewis Hamilton. Por conta da conquista, o inglês assumiu pela primeira vez a liderança do Mundial na briga pelo título de 2014.

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