A Red Bull passa longe de viver um grande ano. Bem diferente do começo da década, quando o time de Milton Keynes brilhou e faturou nada menos que oito títulos mundiais — quatro de Construtores e outros quatro de Pilotos, com Sebastian Vettel —, atualmente a realidade não permite sonhar com vitórias, que virão, segundo o ‘mago’ Adrian Newey, apenas com “uma grande dose de sorte”.
Mesmo em 2014, quando a Red Bull foi superada pela Mercedes, os taurinos ainda tiveram motivos para sorrir, sobretudo Daniel Ricciardo, que conquistou três grandes vitórias: Canadá, Hungria e Bélgica, sendo o único homem a desbancar o poderio prateado no Mundial.
Contudo, 2015 mostra uma realidade bem distinta e muito mais dura para a Red Bull, que ocupa o quarto lugar no Mundial de Construtores e tem como melhor resultado no ano o quarto lugar do russo Daniil Kvyat no GP de Mônaco. Muito pouco para um time acostumado a brigar por vitórias e títulos num passado não muito distante.
Na visão de Newey, a fase atravessada pela Red Bull se explica pelas mudanças adotadas pela F1 no regulamento, fazendo com que a aerodinâmica seja menos importante do que a força dos seus motores. Não à toa, a aerodinâmica foi justamente o ponto forte da Red Bull nos seus anos de domínio na F1, entre 2010 e 2013.
“Não consigo vislumbrar que somos capazes de vencer uma corrida neste ano, só com uma grande dose de sorte”, opinou o engenheiro.
“Acredito realmente que neste ano o RB11 não foi tão forte como a Mercedes ou a Ferrari, mas tivemos várias mudanças no regulamento, que se abriu nos últimos 12 meses, o que significa que o caminho aerodinâmico que havíamos adotado antes teve de ser revisado, e agora caminhamos em outra direção”, explicou.
Contudo, Newey tenta enxergar uma luz no fim do túnel. “Estamos no processo, parte do trabalho já foi completada e está no carro desta temporada, por isso me parece que estamos no rumo certo”, finalizou.