Red Bull diz que baixo desgaste de pneus de Pérez motivou Verstappen a “ir mais longe”
Christian Horner, chefe da Red Bull, afirmou que os pneus de Max Verstappen e Sergio Pérez desgastaram pouco em Interlagos. Logo, a equipe optou por não parar o tricampeão e se beneficiou da bandeira vermelha
No GP de São Paulo, realizado no último domingo (3), a Red Bull combinou sorte com competência e habilidade para vencer a prova com Max Verstappen, que largou em 17º. No entanto, até o que pareceu ser sorte foi uma estratégia pensada, segundo Christian Horner. O chefe da esquadra apontou que escolheu não parar o tricampeão antes da bandeira vermelha ao analisar os pneus de Sergio Pérez, que estavam em bom estado.
O mexicano, que teve mais uma corrida discreta e cruzou a linha de chegada em 11º, desempenhou um papel importante na escolha da Red Bull em manter Verstappen na pista. Pérez entrou nos boxes na volta 28, pouco antes do safety-car virtual ser acionado pela escapada de Nico Hülkenberg.
Horner e a Red Bull observaram que, mesmo no ar sujo, os compostos do carro #11 estavam bem conservados. Com isso, foi tomada a decisão de não parar Verstappen. Pouco depois, na volta 33, a bandeira vermelha paralisou a sessão e o neerlandês ganhou um pit-stop de graça.
“Novamente, como ontem, Checo estava em uma fila de carros. Nesse momento, estava o Yuki [Tsunoda] na frente, com o Esteban [Ocon] e o Charles [Leclerc]. Ele estava atrás daquele ar sujo, mas não estava desgastando os pneus. Vimos quando o Checo fez a parada dele também, os pneus estavam em muito bom estado. Por isso, decidimos não trocar para um novo conjunto de intermediários e ir mais longe, porque sabíamos que a chuva forte estava chegando”, detalhou Horner.
“Dava para ver a chuva torrencial caindo atrás de nós, na parede dos boxes. Era uma questão de estar em modo de sobrevivência nesse ponto. Foi surpreendente que o safety-car não fosse acionado ou uma bandeira vermelha não fosse dada mais cedo”, continuou.
Por outro lado, Horner também admite que contou com a sorte na hora que a bandeira vermelha foi acionada. De momento, Verstappen estava em segundo, atrás apenas de Ocon. No entanto, o chefe da Red Bull acredita que a prova foi reiniciada cedo demais, o que atrasou a ultrapassagem para cima do piloto da Alpine.
“Vimos que o clima, obviamente, estava ficando pior, mas os pneus dele estavam em boa condição, e, então, a troca para um novo conjunto de intermediários, em comparação com o que já tinha, seria irrelevante. Então, tomamos a decisão de esticar o stint. E, claro, nossa má sorte pela manhã virou sorte à tarde, quando a corrida foi interrompida com bandeira vermelha”, descreveu.
“Depois disso, acho que a corrida foi retomada muito cedo. Max foi com calma, o Ocon abriu uma vantagem, mas estava começando a reduzir essa diferença. E aí, outro safety-car. E, então, a relargada e a manobra na freada da curva 1 foi sensacional”, concluiu.
Com o resultado do GP de São Paulo, Verstappen abriu 62 pontos na liderança do Mundial de Pilotos em relação a Lando Norris, que vem em segundo. O neerlandês tem 393 tentos, enquanto o piloto da McLaren tem 331.
Agora, a Fórmula 1 faz uma pausa de duas semanas e retorna entre os dias 21 e 24 de novembro para o GP de Las Vegas, nos Estados Unidos.
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