Red Bull cobra evolução de Pérez em classificações: “Precisa largar mais à frente”

Depois de um ano incomparável em termos de desempenho entre Max Verstappen e Sergio Pérez na Red Bull, Christian Horner — chefe da equipe austríaca — tem recebido constantes questionamentos sobre como será o futuro do mexicano, que tem contrato até o fim de 2024. Mais uma vez, entretanto, o britânico preferiu não fazer comentários mais profundos sobre o assunto e destacou a exigência mental de ser companheiro do neerlandês, tricampeão da categoria.

“‘Checo’ é um piloto muito capaz, e ser companheiro de Max [Verstappen] é uma tarefa muito complicada”, disse Horner à Sky Sports. “Acho que ele mostrou uma força mental muito grande para conseguir lidar com isso”, pontuou.

De acordo com a avaliação da Red Bull, o ritmo de classificação de Pérez foi seu principal ponto fraco em 2023. O mexicano chegou a ficar cinco etapas seguidas sem conseguir ir ao Q3, e não foi incomum ver o piloto precisando se recuperar ao longo das corridas. Para Horner, esse precisa ser seu principal foco no ano que vem.

“A área em que ele mais precisa melhorar é aos sábados, garantir que a posição média de classificação esteja mais próxima a Max. Precisamos que ele largue mais à frente no grid, particularmente se as coisas forem ficar mais apertadas. Não podemos ter muitos carros entre ele e Max”, pontuou.

Por fim, o chefe da Red Bull reconheceu que a temporada 2024 promete ser movimentada no mercado de pilotos, já que vários contratos se encerram ao fim do ano. Além de Pérez, Valtteri Bottas, Kevin Magnussen, Nico Hülkenberg, Fernando Alonso, Charles Leclerc, Esteban Ocon, Yuki Tsunoda, Alexander Albon, Carlos Sainz, Pierre Gasly, Logan Sargeant e Guanyu Zhou verão seus vínculos chegarem ao fim do próximo campeonato.

Segundo Horner, a manutenção ou não de Pérez depende de seu próprio rendimento em comparação a Verstappen, que somou 575 pontos na temporada de 2023. Pérez, por sua fez, fez 285, ou seja, 290 tentos a menos. Enquanto Max venceu 19 vezes, Sergio triunfou em duas.

“2024 será um grande ano. Muitos contratos de pilotos estão chegando ao fim. E temos grandes talentos em nossos próprios quadros. É claro que o carro também é muito atrativo, e outros pilotos também querem estar lá”, ressaltou.

“‘Checo’ é nosso piloto”, frisou Horner. “Se ele se sair bem, vamos querer mantê-lo para 2025, mas é tudo sobre como ele se sai em relação ao companheiro de equipe”, finalizou.

Com a temporada encerrada, a Fórmula 1 retorna apenas no ano que vem, no dia 2 de março, com a estreia do campeonato no GP do Bahrein.

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