Red Bull cutuca “paranoia de rivais” e diz que dispositivo polêmico “está em carro há 3 anos”

Chefe da Red Bull, Christian Horner assegurou que a equipe cumpre todos os regulamentos e procedimentos da Fórmula 1, mas admitiu que era função da FIA "analisar essas coisas" diante da "reclamação dos rivais"

A Red Bull considerou a inspeção da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) no RB20 ao final do treino livre desta sexta-feira (18), em Austin, Estados Unidos, como normal, já que é função da entidade “satisfazer a paranoia” no paddock. O chefe, Christian Horner, ainda revelou que o polêmico dispositivo que ajusta a configuração da parte dianteira está presente no carro há três anos.

A polêmica eclodiu na quarta-feira (16), quando o site da revista inglesa Autosport noticiou que havia a suspeita de que uma das equipes do grid teria violado as regras do parque fechado entre a classificação e a corrida. A controvérsia seria o uso de um dispositivo capaz de ajustar o ângulo do ‘front bib’ ou ‘T-Tray’ — ‘bandeja T’, em tradução livre, um suporte vertical localizado na parte frontal do carro, perto da suspensão dianteira, que cria um vão entre o bico e o início do assoalho.

Trata-se de um ajuste que provoca uma melhora significativa dos requisitos relacionados à altura do carro em volta rápida (com o tanque vazio) e na corrida (mais pesado por conta do combustível), podendo ser feito por um mecânico, mas o que levou a FIA a endurecer a fiscalização foi a possibilidade de haver um meio de isso ser feito pelo piloto dentro do cockpit.

Não demorou para as esquadras se manifestarem contra uma rival em especial: a Red Bull. E, para a surpresa de todos, o time de Milton Keynes confirmou a existência do dispositivo, mas garantiu que era um sistema “inacessível quando o carro fica totalmente montado e pronto para funcionar”.

A FIA realizou inspeção no carro da Red Bull após o treino livre do GP dos EUA (Vídeo: reprodução/Sky Sports)

Enquanto o CEO da McLaren, Zak Brown, cobrava à FIA uma “investigação completa” para entender o que, de fato, os taurinos fizeram, Horner falou pela primeira vez sobre o assunto à Sky Sport depois da classificação sprint. Sobre a decisão da federação de adicionar um lacre ao sistema, classificou como fruto da “reclamação dos rivais” e que era “função da FIA analisar essas coisas”.

“[O dispositivo] está publicamente disponível desde os últimos três anos. A FIA está satisfeita com ele. Acredito que talvez tenha apenas satisfeito alguma paranoia em outras partes do paddock”, alfinetou. Em seguida, ao ser indagado se via o tema como um artifício na temporada, lembrou que “houve muito barulho sobre as asas traseiras” por conta da McLaren em Baku.

“Às vezes, tentam acender uma fogueira em outro lugar”, destacou o dirigente inglês. “Podem vedar todas as articulações móveis do carro, pois o parque fechado determina que não se pode mudar nada, é para isso que ele existe. Cumprimos todos os regulamentos e procedimentos. Estamos mais do que satisfeitos com as discussões que tivemos com a FIA. E eles estão muito satisfeitos com o que foi mostrado a eles”, encerrou Horner.

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