Red Bull define desequilíbrio como inimigo a ser batido em 2025: “Nosso maior problema”
O diretor-técnico da Red Bull, Pierre Waché, disse que o time ainda precisa encontrar respostas para que o carro de 2025 seja mais confiável e competitivo na F1
A Red Bull viveu dias ruins na temporada 2024 da Fórmula 1 e enfrentou diversos problemas técnicos durante o ano passado, mesmo com Max Verstappen tornando-se tetracampeão mundial. O RB20, carro do time dos energéticos, apresentou inúmeros problemas durante o ano, mas o maior deles foi a falta de equilíbrio, sobretudo na segunda metade da temporada.
Para o diretor-técnico do time austríaco, Pierre Waché, tudo depende da resolução do problema de equilíbrio do novo carro, o RB21, para que a equipe seja mais consistente e competitiva.
“As questões de equilíbrio do carro são o maior problema para nós. Se você tem um problema de equilíbrio, precisa ajustar o carro em algum momento para neutralizar esse problema. Mas se você basear todo o ajuste na neutralização de um problema de equilíbrio, você cria mais problemas. Entre eles estão o desgaste dos pneus, o desconforto com quiques e problemas com o conforto durante a pilotagem”, afirmou Waché à revista inglesa Autosport.
“É um efeito de bola de neve. Se você estiver concentrado na tração do carro, quando o problema real está na entrada da curva, não faz sentido olhar para isso. Nesse caso, você precisa focar primeiro na entrada da curva, ou seja, no problema maior”, afirmou.

“Isso não significa que não vamos nos concentrar no resto, não me entenda mal, mas precisamos nos concentrar primeiro nos problemas de equilíbrio”, completou o dirigente.
Verstappen fez duras críticas sobre o RB20 e, após a temporada, chegou a dizer que nunca mais queria tocá-lo. O neerlandês também pontuou que o bólido tinha três problemas que poderiam ser melhorados: os quiques, o comportamento do carro nas zebras e a lentidão nas curvas. Isso tornou a equipe vulnerável em circuitos de rua e favoreceu os adversários.
Outro aspecto adotado por Verstappen ao longo da temporada foi a asa traseira do RB20. Para o piloto do #1, a peça deveria ter menos arrasto, mas a fabricação de uma nova asa esbarra no teto orçamentário da equipe taurina.

“Não é que algo seja pior só porque você tem um formato diferente das outras equipes”, defendeu Waché. “Se você teve um grande problema de equilíbrio, não sei se a asa traseira é o maior problema. Vamos analisar isso, o que faremos na próxima temporada e se podemos encontrar algo melhor”, afirmou.
“Certamente, não descarto o que Verstappen disse, mas isso não significa automaticamente que encontraremos uma solução melhor. Temos de ver qual é a melhor solução para o nosso carro. Mas se você desenvolver uma asa diferente e for um décimo mais lento com ela, por que então deve usá-la?”, concluiu o diretor da Red Bull.
A Fórmula 1 está oficialmente de férias. A próxima atividade é exatamente a sessão única de testes coletivos de pré-temporada, marcada para os dias 26, 27 e 28 de fevereiro, no Bahrein. A temporada 2025 começa com o GP da Austrália, nos dias 14-16 de março.
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