Red Bull elogia “grande piloto” Sainz: “Único azar foi ter Verstappen como companheiro”

Helmut Marko, consultor da Red Bull, disse que Carlos Sainz impressionou no primeiro teste na F1, em Silverstone, mas os taurinos não tiveram dúvidas em escolher Max Verstappen para subir ao time principal em 2016 quando a dupla defendia a Toro Rosso

A caminhada de Carlos Sainz na Fórmula 1 poderia ter sido bastante diferente se não fosse por um detalhe ainda na Toro Rosso: Max Verstappen. Mesmo ciente de que estava diante der um “grande piloto”, a Red Bull não hesitou ao escolher o neerlandês quando foi necessário — e esse acabou sendo o grande azar do espanhol, nas palavras do consultor dos taurinos, Helmut Marko.

Sainz e Verstappen estrearam juntos na F1 com a Toro Rosso, hoje AlphaTauri, na temporada 2015. Foram, ao todo, 23 GPs realizados com os dois sendo companheiros de equipe e um confronto relativamente equilibrado, com Max levando ligeira vantagem tanto em posições de largada quanto de chegada.

No início da temporada 2016, no entanto, a Red Bull resolveu mexer peças e rebaixar o então titular do time A, Daniil Kvyat, para a Toro Rosso. Para isso, teria de subir um dos pilotos da base de Faenza.

Marko relembrou ao espanhol Marca a passagem de Sainz pelo grupo austríaco e elogiou a performance do hoje ferrarista. “Sainz é, sem dúvida, um grande piloto. Ele estava quase no mesmo nível de Max na Toro Rosso.”

Helmut Marko elogiou Sainz (Foto: Rodrigo Berton/Warm Up)

“O ruim é que ele teve o azar de ter Verstappen como companheiro de equipe”, disse Marko, admitindo que “o clima entre os dois na equipe era bastante tóxico”. Em seguida, acrescentou: “Da forma como o time estava acertado na ocasião, não via como mantê-lo conosco, então Carlos foi para a Renault, para a McLaren e, depois, foi parar na Ferrari.”

Foi na equipe de Maranello, aliás, que Sainz alcançou a sua primeira vitória na Fórmula 1, no GP da Inglaterra de 2022. O maior feito até aqui, contudo, foi no ano passado, ao ser o único piloto a vencer na temporada além da dupla da Red Bull, formada por Verstappen e Sergio Pérez, em Singapura.

Para Marko, a caminhada de Carlos foi importante também para o jovem criar a própria identidade e se desvencilhar da figura do pai, o tetracampeão do Rali Dakar, que também se chama Carlos Sainz.

“Durante muito tempo, Carlos viveu à sombra do pai. Ele injustamente carregava o fardo de ser o filho mimado de um piloto de corrida, quando, pelo contrário, tinha de lutar constantemente para progredir”, destacou, afirmando que o espanhol impressionou ao testar pela primeira vez com um F1.

“Ele era muito rápido nas categorias de base. Em seu primeiro teste na F1, em Silverstone, desde o início, foi um pouco mais veloz nas curvas de alta que Sebastian Vettel, que era nossa referência naquele momento”, seguiu.

“Sainz estava quase no mesmo nível de Verstappen… quase, mas quando tivemos de escolher entre Max e Carlos, ficou claro o que tínhamos de fazer”, concluiu Marko.

Fórmula 1 retorna às pistas de 21 a 23 de fevereiro, com os testes coletivos da pré-temporada no circuito de Sakhir, no Bahrein.

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