Red Bull fabrica próprios motores com tecnologia da Honda a partir de 2022

Poucos dias depois da aprovação do congelamento dos motores da Fórmula 1 já para 2022, a Red Bull confirmou suas intenções e criou um departamento próprio para cuidar das unidades de potência vindas da Honda, que deixa a categoria ao fim de 2021

A Red Bull vai cuidar dos próprios motores até a nova geração de 2025. Nesta segunda-feira (15), a equipe austríaca confirmou algo que já era esperado desde o anúncio do congelamento dos motores: vai assumir o projeto da Honda e, com a tecnologia dos japoneses, preparar as próprias unidades de potência a partir de 2022.

Com isso, a Red Bull se transforma, também, em uma espécie de fabricante de motores. Ocorre que a Honda, que deixa a Fórmula 1 ao fim de 2021, vai deixar com os austríacos a tecnologia das unidades, então, a partir daí, fica com o time a responsabilidade de cuidar do projeto, o que gerou a criação de um novo departamento na fábrica de Milton Keynes, na Inglaterra, a empresa Red Bull Powertrains Limited.

A medida vale também para a AlphaTauri, que passa a partir de 2022 a usar os motores desenvolvidos pela Red Bull. O anúncio é mais um passo ousado da marca de energéticos, que há tempos sinalizava o desejo de ser ainda mais independente.

MAX VERSTAPPEN; GP DE ABU DHABI; F1; FÓRMULA 1;
Red Bull vai preparar próprios motores até 2025 (Foto: Getty Images/Red Bull Content Pool)

“Nós discutimos isso com a Honda por um bom tempo e, depois que a FIA decidiu congelar os motores para 2022, conseguimos ao menos fechar um acordo com a Honda para seguir usando os motores deles. Estamos bem gratos pela colaboração da Honda nisso e por ajudar a garantir que Red Bull e AlphaTauri continuem tendo motores competitivos. A criação do novo departamento é um movimento arriscado da Red Bull, mas tomamos após cuidadosa e detalhada consideração de tudo. Estamos cientes do nível de comprometimento que precisaremos ter, mas acreditamos que a criação da companhia é a opção mais competitiva para nossas duas equipes”, disse o consultor Helmut Marko.

A confirmação comprova o sucesso que a Red Bull teve desde o anúncio de saída da Honda da F1. Sem ter para onde correr, o time deixou claro que não queria ter parceria com nenhuma das montadoras vigentes e bateu o pé pelo congelamento dos motores já para 2022. Deu certo e, assim, o acordo com os japoneses para o uso da tecnologia se tornou viável.

“O acordo representa um passo significativo para a Red Bull em sua jornada na Fórmula 1. Nós estávamos desapontados com a decisão da Honda de deixar a categoria como fabricante, já que nossa relação teve um sucesso imediato, mas estamos gratos por eles terem facilitado tanto um novo acordo. A Honda investiu pesado na tecnologia híbrida para dar motores competitivos aos nossos dois times. Agora nós começamos a trabalhar na nossa nova divisão de motores e integraremos nossa estrutura. Enquanto isso, focaremos também nos melhores resultados possíveis na última temporada oficial da Honda como fabricante”, comentou o chefe Christian Horner.

A Red Bull já teve praticamente de tudo quanto a fornecedoras de motores na F1. Presente na categoria desde 2005, a equipe começou com a Cosworth, passou pela Ferrari, mas foi com a Renault que atingiu o ápice, com o tetracampeonato de Sebastian Vettel e também de Construtores. O relacionamento, no entanto, não acabou bem, e o desgaste na Era Híbrida rendeu uma ruptura sem volta. De 2019 para cá, a Honda foi a parceira do time, em passagem de altos e baixos.

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