Red Bull questiona “imposição sem consulta” da FIA e diz que quiques “não afetam todos”

Chefe da Red Bull, Christian Horner se mostrou contrariado com Diretiva Técnica da FIA sobre oscilações verticais dos carros e questionou decisão "sem consulta" da entidade que dirige o esporte a motor

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Max Verstappen liderou as duas primeiras sessões de treinos livres para o GP do Canadá, nesta sexta-feira (17), e fez a Red Bull sair feliz do Circuito Gilles Villeneuve. No entanto, até mesmo na fala do chefe da equipe, Christian Horner, o principal assunto continuou sendo a nova determinação da FIA sobre a altura dos carros — na tentativa de diminuir os quiques por questões de segurança. O britânico fez questão de questionar a forma como a ideia tomou forma e externou seu desagrado.

“Elas [as zebras] são muito agressivas aqui, e acho que alguns carros passam por elas muito bem — a Ferrari em particular”, disse Horner. “Você pode se entender com a FIA, com a segurança sendo sua principal preocupação, mas impor uma Diretiva Técnica no momento em que estamos vindo para um final de semana de corrida sem nenhuma consulta — sinto que não é o jeito de fazer as coisas. Deveria ter havido uma consulta, e uma solução pode ser encontrada”, afirmou.

Horner seguiu em suas críticas sobre a determinação, que vai medir a altura das oscilações verticais dos carros para decidir se o limite é aceitável ou não. Assim, Horner questionou a liberdade que as equipes poderiam perder em relação aos próprios carros. Além disso, o chefe da Red Bull crê que hajam outras alternativas para resolver o problema — e deixou claro que não quer ser prejudicado pela regra.

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Red Bull é o carro que menos sofre com quiques na F1, e não à toa ocupa a liderança nos dois Mundiais (Foto: Red Bull Content Pool)

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“É uma coisa muito perigosa basicamente dar à FIA o direito de determinar a altura de sua traseira e sua configuração antes de uma corrida”, reclamou. “O que acontece se o vento mudar até a corrida? E se o quique ficar pior por qualquer razão?”, questionou.

“Como eles podem fazer essa medição para aplicar essa regra?”, prosseguiu Horner. “Isso é o que precisa ser discutido. A intenção é boa, mas não foi introduzida da maneira certa. Eles poderiam fazer muitas outras coisas. Colocar uma tábua de rolagem maior, isso tiraria os carros do chão, mas tentar julgar carro por carro… É um jeito complicado de tentar resolver um problema que não afeta todos os times”, criticou.

Por fim, Horner falou sobre outra das preocupações da Red Bull: o teto de gastos. Com diversas equipes em dificuldades para respeitar o limite permitido de custos, o britânico novamente levantou a hipótese de que o campeonato poderia acabar sendo decidido na justiça.

“Se o teto de gastos falhar, será perdido para sempre”, salientou. “Temos que encontrar uma solução para esse problema. Diminuímos o limite em US$ 35 milhões [aproximadamente R$180 milhões na conversão atual] durante a pandemia. Ninguém poderia prever. 50% das equipes podem quebrar o regulamento, se não mais. Não queremos que o campeonato seja decidido em um tribunal”, encerrou.

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