Red Bull reclama de punição “severa” por teto de gastos e prevê déficit de 0s5 por volta
A FIA puniu a Red Bull em R$ 37 milhões e reduziu tempo taurino disponível para testes aerodinâmicos. Chefe da equipe, Christian Horner convocou entrevista coletiva no México e falou por 50 minutos sobre decisão da entidade — e frisou que não houve vantagem em performance
Logo após a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) anunciar nesta sexta-feira (28) que a Red Bull foi multada em US$ 7 milhões (cerca de R$ 37 milhões, na cotação atual), além de um limite com relação ao desenvolvimento do carro de 2023, o representante taurino Christian Horner convocou coletiva de imprensa no México — onde a F1 está reunida para a 20ª etapa do campeonato de 2022 — e falou sobre a decisão da entidade.
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Os taurinos, vale lembrar, descumpriram com o limite de gastos da temporada passada e violaram o teto orçamentário da Fórmula 1. A Aston Martin cometeu ‘apenas’ uma falha processual e foi multada em US$ 450 mil (cerca de R$ 2,4 milhões).
Segundo o chefe da Red Bull, a punição aplicada pela FIA foi “severa” demais — especialmente a redução de tempo para testes aerodinâmicos. Ainda segundo Horner, a equipe taurina em nada se beneficiou com a violação do teto orçamentário.
“7 milhões de dólares é uma quantidade enorme de dinheiro. A parte mais dura é a penalização esportiva, que reduz nosso tempo aerodinâmico em 10%. Isso representa cerca de 0s250 a 0s500 por tempo de volta”, analisou.
A coletiva de Horner deu muitos detalhes sobre a situação. O chefe de equipe disse ter sido informado da brecha apenas 19 minutos depois que Max Verstappen foi declarado campeão, em Suzuka. Horner, ainda, exemplificou o modus operandi da Red Bull perante o teto de gastos: os documentos de 2020 foram enviados à FIA em abril de 2021. Na ocasião, a entidade não deu nenhum tipo de feedback — por isso, os taurinos optaram pela mesma metodologia neste ano de 2022, referente à temporada passada.
O chefe da Red Bull voltou a se dizer “chocado” com as acusações dos outros times, especialmente em Singapura — quando, segundo Horner, uma investigação oficial sequer havia começado.
Horner, igualmente, explicou por que a Red Bull violou o teto orçamentário, pois. Segundo o britânico, custos alimentícios não previstos entraram para a conta do teto de gastos. “Diferenças de opinião” e seguro de vida para funcionários também foram pontos levantados na coletiva.
“Nós incluímos muitas taxas nos nossos números. Do contrário, a violação seria de somente 0,37%. Pensávamos que as refeições não estavam inclusas no teto orçamentário, e todos os nossos funcionários comem e bebem de graça. Agora, com tudo incluído: £ 1,4 milhão (cerca de R$ 8,6 milhões)”, afirmou.
Após chamar o regulamento de “imaturo”, Horner revelou por que a equipe taurina concordou com a punição imposta pela FIA.
“Aceitamos que o regulamento é novo, mas ainda há muito trabalho a ser feito. Um caso arbitrário poderia ter assegurado que isso continuasse por mais doze meses. Agora estamos fechando a questão. Com a quantidade de comentários no paddock, é melhor resolver [a questão] a contragosto. Escolhemos aceitar a punição, levamos no queixo. Agora é esquecer isso”, completou.
Por fim, Horner enfatizou, mais uma vez, que a Red Bull não teve nenhum tipo de vantagem em performance com o furo do teto de gastos. Se o time dos energéticos pudesse submeter um novo relatório, então estaria abaixo do limite — mas o chefe da equipe taurina disse que isso não foi permitido.
“Nenhum centavo a mais foi gasto para a performance do carro. O teto de gastos foi quebrado por outros motivos. Não tem nada a ver com performance. Perdemos 10% de tempo nos testes aerodinâmicos mas ganhamos 25% de motivação extra”, pontuou Horner, prevendo prejuízos não só para 2023, como também para 2024.
O GP da Cidade do México 2022 de Fórmula 1 acontece entre 28 e 30 de outubro no Autódromo Hermanos Rodriguez, com cobertura AO VIVO e em TEMPO REAL do GRANDE PRÊMIO.
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