Renault culpa Red Bull por abandonos e dá de ombros: “Paramos de ler o que Horner diz em 2015”

Christian Horner, chefe da Red Bull, reclamou dos problemas do motor Renault após o abandono de Max Verstappen no GP da Hungria. Cyril Abiteboul deu o troco, afirmando que a equipe austríaca tem culpa por abrir mão de uma das atualizações fornecidas

Cyril Abiteboul, chefe da Renault na F1, não quer embarcar nas críticas feitas por Christian Horner, chefe da Red Bull, após o abandono de Max Verstappen no GP da Hungria. Depois de ouvir de Horner que o motor francês não tem o nível de desempenho esperado, Abiteboul indicou que a equipe austríaca abriu mão de atualizações que melhoraram a confiabilidade.
 
“Em Mônaco nós começamos a usar um MGU-K [unidade de recuperação de energia cinética] atualizado, mas a Red Bull não está usando porque afeta o jeito com que eles encaixam a unidade de potência no carro”, disse Abiteboul. “O novo MGU-K é mais efetivo para controlar temperaturas e nós não tivemos problemas com nossos carros. A questão é que não podemos forçar a Red Bull a usar, é uma decisão deles”, indicou.
 
O motor Renault sobre com um número acima da média de quebras desde a introdução dos motores híbridos na F1, em 2014. No GP da Hungria, dois carros com unidade de potência francesa abandonaram – além de Verstappen, a McLaren de Stoffel Vandoorne. A dupla da Renault, com Carlos Sainz Jr. e Nico Hülkenberg, aguentou até o fim.
Max Verstappen abandonou após quebra do motor Renault (Foto: AFP)

A questão da confiabilidade gerou um desgaste na relação entre Red Bull e Renault a ponto de forçar um acordo com a Honda para 2019. Consciente de que o acordo atual está com os dias contados, Horner se tornou mais ácido nos comentários – mas Abiteboul não parece se importar muito.

 
“Nossos chefes [na Renault] pararam de ler as coisas que o Christian Horner diz sobre nós por volta de 2015”, comentou, questionado pelo ‘Motorsport.com’. “Está bem claro que não queremos ter mais nenhum acordo com eles. Está bem claro que acabou. Eles vão ter uma nova parceira [Honda] que vai pagar um montão de dinheiro para entregar o produto e desejo boa sorte. Não tenho mais o que dizer”, encerrou.

O carro sobrevivente da Red Bull, de Daniel Ricciardo, cruzou a linha de chegada em quarto. A prova foi vencida por Lewis Hamilton.

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