Renault reconhece que motor de 2015 não será capaz de vencer corridas em condições normais

O motor da Renault não é vencedor e nem deve ser em 2015. A afirmação é de Cyril Abiteboul, diretor da montadora francesa. Christian Horner disse que os problemas afetam mais a Red Bull do que a Toro Rosso

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O motor da Renault não terá como desbancar o da Mercedes na temporada 2015 em condições normais. A conclusão é da própria montadora francesa, por meio do diretor Cyril Abiteboul.

 
Os testes de pré-temporada e a primeira corrida do ano mostraram que os franceses estão sofrendo em relação aos alemães e também se encontram atrás da Ferrari no momento. No GP da Austrália, o melhor piloto empurrado pelo V6 turbo da Renault foi Daniel Ricciardo, sexto colocado.
 
Além disso, falhas de confiabilidade tiraram Daniil Kvyat da prova antes da largada e impediram Max Verstappen de pontuar com a Toro Rosso.

“Um motor vencedor por mérito não é algo que vai acontecer neste ano”, admitiu Abiteboul em entrevista à revista inglesa ‘Autosport’. “Mas para vencer corridas não é só o motor, também contam o carro e os pilotos", completou.

 
Daniel Ricciardo precisará mais uma vez de corridas atípicas para ter chance de vencer (Foto: Getty Images)
O dirigente explicou que a montadora precisou usar um planejamento agressivo para desenvolver sua unidade de força durante o inverno, e que isso é outro fator que resulta em dificuldades no início do ano. “O que fizemos foi tentar um atalho para acelerar os passos importantes do desenvolvimento do motor. Isso significa que algumas coisas que você deveria fazer no dinamômetro, acaba fazendo na pista. Não é o melhor jeito para avançar, mas é um bom aprendizado para todos”, disse.
 
Depois do GP da Austrália, teve início uma guerra verbal entre representantes da Red Bull e da Renault. Christian Horner e Helmut Marko criticaram bastante o trabalho da montadora, com o austríaco chegando a dizer que os franceses andaram para trás.
Renault preparou nova versão do V6 para 2015, mas continua atrás da Mercedes (Foto: Renault)
Apenas as duas equipes bancadas pela Red Bull usam motores Renault em 2015, e Horner avalia que o time principal é o que sofre mais com os problemas.
 
“Eles estão com as mesmas dificuldades, mas acho que é mais dramático no nosso carro”, declarou. “Eu acho que isso mascara muitas coisas como entrada e saída de curva, desgaste de pneus. Você não consegue pilotar o carro do jeito certo, então começa a mudar o equilíbrio de freios para tentar compensar e está muito longe do ideal. Então começa a perder temperatura nos freios e os pneus não funcionam como deveriam. É uma espiral negativa.” 
 
Abiteboul destacou que a Red Bull, como de costume, optou por um desenho de carro agressivo e tenta levar a Renault para o mesmo caminho. “Não é segredo que a Red Bull é bem agressiva na sua estratégia de desenvolvimento. Eles tentam nos fazer aplicar no mundo dos motores o que aplicam no chassi. Podemos fazer um trabalho melhor na nossa parte, mas não é algo que acontece em um inverno”, salientou.
 
A segunda corrida do ano deve ser ainda mais dura para a Renault do que a primeira. O GP da Malásia acontece na quente Kuala Lumpur, o que sempre é um desafio do ponto de vista dos motores. A largada será às 4h (de Brasília) de domingo.

F1S2015E02

Em Melbourne, a F1 teve de acompanhar o caso que envolveu Giedo van der Garde contra a Sauber antes das atividades em pista. Agora em Sepang, os holofotes se voltam para a salinha médica da FIA, onde serão avaliados Fernando Alonso e Valtteri Bottas, ausentes na primeira etapa do campeonato. É como se a categoria se transformasse em uma série de TV. De ‘Law and Order’, com promotores de justiça às pencas, a ‘ER’, com o drama médico

 (Foto: Getty Images)
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