Retrospectiva 2021: Sainz e Leclerc usam equilíbrio para levar Ferrari ao 3º lugar

Carlos Sainz e Charles Leclerc formaram a dupla mais parelha da F1 em 2021 e aproveitaram equilíbrio para levar Ferrari ao terceiro lugar de Construtores após pior temporada em 40 anos

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A Ferrari parece ter se recuperado do pesadelo que viveu em 2020, após um sexto lugar e o pior resultado da escuderia desde 1980, e muito disso se deve a Carlos Sainz e Charles Leclerc. Os dois pilotos viveram um ótimo ano de 2021, coroando a melhora no carro vermelho com um desempenho sólido e equilibrado nas pistas, e ajudaram o tradicional time italiano a alcançar o terceiro lugar no Mundial de Construtores, atrás apenas das poderosas Red Bull e Mercedes — que travaram uma briga particular e isolada este ano.

Carlos e Charles se apresentaram no limite do que o carro poderia lhes oferecer em grande parte da temporada, com vantagem para o espanhol na classificação final. Curiosamente, no entanto, Leclerc terminou bem mais corridas à frente de sua dupla no campeonato: 14 a 6. Nas outras duas etapas, o monegasco abandonou. Foi a primeira derrota em toda a carreira do #16 em monopostos para um companheiro de equipe.

A questão é que Sainz — em sua primeira temporada pela Ferrari — aproveitou justamente ocasiões em que Leclerc não conseguiu bons resultados: nos dois abandonos do monegasco em 2021, Carlos foi ao pódio — segundo em Mônaco e terceiro na Hungria. Vale destacar que Charles não conseguiu correr em casa devido a um problema no câmbio de sua Ferrari após garantir a pole para a corrida e bater em um dos muros de proteção.

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Carlos Sainz fechou melhor temporada da carreira com pódio, no terceiro lugar do GP de Abu Dhabi (Foto: Ferrari)

Nos outros dois pódios de Sainz, a história se repetiu: Leclerc foi 15º na Rússia e décimo em Abu Dhabi, enquanto Carlos foi terceiro em ambas as disputas. Assim, apesar de ter conseguido se manter à frente do companheiro de equipe por mais tempo em 2021, Charles acabou atrás do espanhol por 5.5 pontos na tabela de classificação, com um pódio conquistado contra quatro do #55.

No entanto, a pequena diferença entre os dois dá o tom do que foi o ano de 2021 da Ferrari. Os dois pilotos andaram sempre próximos, e não à toa, foram os companheiros de equipe que terminaram mais perto um do outro na tabela. Fernando Alonso e Esteban Ocon vêm logo atrás, com sete tentos de diferença.

A consistência da dupla permitiu à Ferrari terminar 17 das 22 corridas com seus dois pilotos no top-10 e esticar a briga pelo terceiro lugar com a McLaren até um ponto em que a regularidade da equipe de Maranello passou a fazer diferença. Com uma nova unidade de potência para os dois pilotos — introduzida no carro de Leclerc na Rússia e no de Sainz na Turquia —, a Scuderia conseguiu atingir o objetivo da temporada: terminar no top-3.

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Charles Leclerc terminou o Mundial de Pilotos no sétimo lugar, com 159 pontos somados (Foto: Ferrari)

Leclerc e Sainz terminaram seis corridas de 2021 em posições consecutivas, ou seja, um atrás do outro: Emília-Romanha, Estíria e em quatro das últimas cinco corridas — México, Brasil, Catar e Arábia Saudita. No Circuito Hermanos Rodríguez, inclusive, a proximidade dos carros da Ferrari permitiu à equipe trocar os pilotos de posição na pista para tentar uma aproximação a Pierre Gasly, que não funcionou. Em seguida, os carros destrocaram as posições.

Em Jedá, foi possível ver os dois carros batalhando por posição já na parte final da corrida, o que indica que nem tudo são flores. É natural que a competitividade exista entre os pilotos, que possuem um no outro seu concorrente mais próximo na Fórmula 1. A partir de 2022, um novo regulamento técnico vai alterar os carros e até mesmo os pneus, o que vai necessitar uma adaptação de todos os pilotos do grid.

A partir de agora, resta esperar para saber como será o 2022 da Ferrari: o bom desempenho, aliado ao bom ambiente construído pelo equilíbrio de 2021, veio sem a pressão pela conquista de vitórias — já que o equipamento não era suficiente para fazer frente a Mercedes e Red Bull. Caso a escuderia de Maranello construa um carro capaz de brigar pelo campeonato ou mesmo por algumas vitórias no ano que vem, é exatamente a paridade da dupla de pilotos que promete uma competição interna espetacular no futuro.

A dramática última volta do GP de Abu Dhabi de F1 (Vídeo: TSN)
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