Rosto da nova geração, Verstappen conta que treinou no videogame ultrapassagens que fez sobre Nasr: “Exatamente igual”

Max Verstappen é, de fato, da nova geração. Não apenas por ser o piloto mais jovem da história da categoria, mas também por coisas como treinar ultrapassagens no videogame e executar da mesma forma nas corridas. Segundo ele, é o que vem acontecendo após a parada de verão

Talvez parecesse algum tipo de esteriótipo para os jovens sugerir ao início da temporada que Max Verstappen iria se valer de videogames para se tornar um piloto melhor. Mas isso é exatamente o que está acontecendo segundo o próprio novato. Após o GP da Itália, Verstappen disse que ultrapassagens que vem fazendo, notoriamente em cima de Felipe Nasr, foram testadas antes num simulador.
 
Antes do retorno da F1 do recesso de verão, Max passou a fazer parte do time de simuladores da Redline, uma marca especializada no assunto. Desta forma, treinou para os GPs da Bélgica e da Itália. 
 
Se na Bélgica Verstappen passou Nasr por fora na curva Blanchimont, em Monza a passada foi por fora na primeira chicane do traçado enquanto ele tinha pneus macios contra os médios do brasileiro. Tudo friamente calculado.
 
"É sempre bom porque você sabe o quanto de espaço você tem. Além disso, no simulador, algumas vezes você vai longe demais e sabe que não pode fazer isso. Acho que me ajuda. Quero dizer, fiz para Spa e de novo para Monza e nas duas vezes funcionou na pista real. A ultrapassagem que eu fiz em Nasr, fiz exatamente igual no simulador de novo", contou.
Max Verstappen chega em Spa treinado (Foto: AP)
Parece estranho se dar conta disso, mas Lewis Hamilton é um piloto de outros tempos e outra geração: são 12 anos de diferença para Max (18). Para Lewis, esse tipo de treinamento em jogos não funciona. O dono de dois títulos mundiais – e perto do terceiro -gosta mais de um estilo espontâneo. Se for para se preocupar em reproduzir exatamente o que já testou antes, segundo ele, perde a graça do momento.
 
"Eu sou mais no limite quando sentado no meu lugar de piloto. Gosto de estilo livre quando estou na pista. Nenhuma das minhas manobras de ultrapassagem são o mesmo que as outras. Você nunca sabe quando vai acontecer, pode tentar planejar, mas não vai acontecer naquela volta, talvez aconteça em locais diferentes", disse.
 
"Não gosto de planejar ou preparar, tipo 'isso vai ser uma curva e vou passar aqui, então vou praticar, praticar e praticar'. Gosto de chegar e não saber o que vou fazer. Acredito que isso torna tudo mais intrigante para mim. Se eu esperar para passar naquele ponto, então não é tanto", afirmou. 
 
No entanto, ele reconhece que é um piloto de outros tempos e que a nova geração pode se encontrar de outra forma.
 
"É uma nova geração. Talvez haja uma outra forma de fazer isso", encerrou o novo veterano.
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