Sainz aprova desempenho em ano de estreia, mas vê 2015 como “uma das temporadas mais azaradas da carreira”

Enquanto esteve na pista, Carlos Sainz fez um trabalho bastante razoável neste ano de estreia na F1 pela Toro Rosso. Entretanto, o madrileno de 21 anos teve de conviver na maior parte da temporada com quebras e abandonos que, se não acontecessem, poderiam lhe colocar numa posição muito melhor que o 15º no Mundial. Restando duas corridas para o fim da temporada, o jovem soma 18 pontos

Ao lado de Max Verstappen, Carlos Sainz Jr. compõe, na Toro Rosso, a dupla de pilotos mais jovem da F1. Depois de conquistar o título de campeão da World Series em 2014, o madrileno foi eleito pela Red Bull para iniciar sua trajetória no Mundial e, depois de superar a natural desconfiança por ser um novato, vem conseguindo marcar 2015 com boas performances. Entretanto, o desempenho não se traduz em resultados, muito por conta dos abandonos, seis, ao todo — e todos causados por problemas mecânicos. Não à toa, o filho do lendário bicampeão mundial Carlos ‘El Matador’ Sainz entende que vive em 2015 um ano de pouca sorte na carreira.
 
“Acho que estou em uma das temporadas mais azaradas da minha carreira, especialmente no que se refere à confiabilidade. Sinto que tudo o que poderia ter acontecido, aconteceu”, declarou Sainz Jr., resignado, em entrevista ao site ‘F1i.com’.
Carlos Sainz Jr. fez boa avaliação da sua temporada de estreia na F1 (Foto: Toro Rosso)
Como exemplo, o piloto citou o GP da Rússia. No Parque Olímpico de Sóchi, Carlos sofreu um fortíssimo acidente durante o terceiro treino livre, ficou em observação no hospital e não se classificou, mas disputou a corrida depois de ter largado em último. Mas depois de uma bela reação, acabou ficando pelo caminho.
 
“O que houve em Sóchi foi difícil de engolir depois de uma grande recuperação e sabendo que poderia ter terminado em quinto. Ter o problema nos freios foi complicado.”, lamentou.
 
“Houve um momento, na metade da temporada, em que estive beirando os pontos em cinco corridas, mas abandonei”, comentou o piloto, citando o período entre os GPs da Inglaterra e da Bélgica. “De modo que foi algo difícil de assimilar, mas, no fim das contas, graças à velocidade e algumas boas corridas, o sentimento que fica em mim é positivo”, avaliou.
Apesar do bom desempenho nas pistas, os abandonos têm sido a marca na temporada de Sainz em 2015 (Foto: AP)
Na visão de Sainz Jr., apesar da diferença de 29 pontos que o separa do companheiro de equipe na classificação do Mundial de Pilotos, tanto Red Bull quanto a Toro Rosso entendem a situação e demonstram fé em suas capacidades.
 
“A equipe está plenamente consciente disso, eles sabem mais do que ninguém o que tem acontecido comigo neste ano. A Red Bull também sabe mais do que ninguém e eles já calcularam os pontos que eu poderia ter sem todos esses fracassos e estão muito contentes com isso”, destacou.
 
Questionado se faz ideia da quantidade de pontos que teria se não tivesse enfrentado tantos problemas, o espanhol multiplica bem os 18 pontos alcançados em 17 provas até agora. “Acho que muita gente ficaria surpresa por saber quais seriam meus pontos sem essas falhas e sem todos esses abandonos. Três ou quatro vezes mais do que eu tenho agora… não importa muito se isso me colocaria à frente ou atrás de Max, só sei que é muito melhor para mim, sem dúvida”, concluiu.
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