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A McLaren abriu as portas para uma equipe de TV acompanhar toda a temporada 2017. No fim das contas, o resultado foi o documentário 'Grand Prix Driver', do serviço de streaming Amazon. De acordo com o diretor-executivo da equipe de Woking, Zak Brown, o filme foi um sucesso porque mostrou as entranhas do trabalho da equipe sem que fosse atrapalhado por momentos de censura. É a McLaren nua e crua.
Brown chegou à McLaren no começo do ano passado e, então, os documentaristas estiveram nas garagens e na fábrica do time inglês por todo seu ano de estreia. Durante o filme, que surgiu com a intenção de retratar o primeiro ano de F1 do piloto Stoffel Vandoorne, acabou mostrando a relação complicada da McLaren com a Honda, além da insatisfação de Fernando Alonso.
"Tomamos uma decisão: se vamos fazer um espetáculo como esse, tem que ser autêntico com respeito a qual é o propósito do documentário. Dessa forma deixamos que entrassem nas reuniões como as que temos todas as terças-feiras. Consideramos que seria contraproducente se fosse um documentário dentro da McLaren editado pela McLaren. Queríamos mostrar a todo mundo que isso realmente é o que acontece numa equipe de F1", afirmou.
"Não era o que havíamos planejado para o ano passado, mas foi muito autêntico, muito real e isso que é o que a F1 tem que fazer para se aproximar de seus fãs. Acreditamos que seria algo diferente. Realmente tínhamos a intenção de que fosse sobre o crescimento de Stoffel, mas com tudo o que estava acontecendo passou a ser sobre isso e um monte de coisas ao redor", seguiu.
Zak Brown cobrou publicamente a Honda e quer resultados em curto prazo (Foto: McLaren)
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"Nós vimos e, em algumas cenas, nós suspiramos. Mas precisávamos ser autênticos e cumprir o que dizemos – que seria documental. Só esperamos que as pessas apreciem que tenhamos sido abertos, sinceros e transparentes", afirmou.
Brown reafirmou que a F1 precisa ceder aos fãs pelo mundo um pouco do acesso que a McLaren deu. Afinal, segundo ele, muita gente gostaria de acompanhar de perto e entender como funciona o trabalho de uma equipe e como é possível lidar com os destemperos que apresentam durante um ano.
"Creio que mais gente deve ver o que acontece em nossa garagem e nossa fábrica, porque é fascinante. Deveríamos abrir esse acesso um pouco mais sem compartilhar segredos comerciais, porque, como vocês bem sabem, há uma grande paranóia sobre competência e para ver o que estamos fazendo", encerrou.
A F1 retorna no próximo dia 26 com os testes coletivos de pré-temporada em Barcelona. A primeira etapa acontece no último fim de semana de março, em Melbourne.
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