Sem definição sobre futuro na F1, Renault diz que trabalha para concluir contrato com Red Bull, mas já admite separação em 2017

Diretor da Renault, Cyril Abiteboul afirmou que a Renault segue com seu planejamento para fornecer motores para a Red Bull em 2016, mas já admite romper com o time dos energéticos ao fim do atual vínculo. Dirigente explicou que a fábrica francesa ainda não definiu seu futuro no esporte

A Renault perdeu a paciência com a Red Bull. Alvo de muitas críticas do time dos energéticos, a fábrica francesa admitiu que seus planos a longo prazo não estão mais alinhados com o time de Daniel Ricciardo e Daniil Kvyat, mas garantiu que planeja cumprir o contrato com Milton Keynes.
 
A Renault já demonstrou sua insatisfação no retorno em termos de marketing de sua parceria com a Renault e hoje considera encarar o Mundial de uma nova maneira. A imprensa internacional fala na possibilidade de a fabricante retomar o controle da Lotus.
Cyril Abiteboul já não esconde que o projeto da Renault não está alinhado com os planos da Red Bull (Foto: Getty Images)
Diretor da Renault, Cyril Abiteboul afirmou que a fábrica francesa continua avaliando suas opções e ainda não tomou uma decisão sobre seu futuro na F1.
 
“O status, infelizmente, não é muito sexy de se ouvir”, disse Abiteboul em entrevista à publicação norte-americana ‘Motorsport.com’. “É que nós continuamos a trabalhar e a olhar para as opções”, explicou.
 
“Nosso CEO, Carlos Ghosn, foi bastante claro na F-E de que na F1 nós não estamos satisfeitos com o que temos agora, tanto da perspectiva da performance, mas também da perspectiva do marketing. Então continuamos a olhar as opções”, continuou.
 
 Ainda assim, o dirigente garante que, independente das opções que a Renault está considerando, isso não interfere nos atuais contratos com Red Bull e Toro Rosso para o próximo ano.
 
“Nós temos contratos até o fim de 2016, esse é o ponto de partida. Nós estamos fazendo planos para honrar esses contratos”, ressaltou. “As soluções que estamos desenvolvendo são mais para 2017 do que para 2016, mas, de novo, se 2016 tem de ser um ano de transição para 2017, então teremos de desenvolver alguma coisa. Nós continuamos a trabalhar. Mas nós estamos muito mais avançados no nosso desejo de continuar a estar na F1”, falou.
 
De acordo com Abiteboul, a prioridade da Renault é fazer o que for melhor em longo prazo, o que vai na contramão da vontade da Red Bull, que quer uma solução imediata.
 
“Não acho que devemos arriscar 2017 para podermos apressar algo para 2016”, ponderou. “Não há pressa. É um jogo de longo prazo”, seguiu.
 
“Mas isso é diferente para marcas como a Red Bull, quem só está no esporte há alguns anos e que é mais um patrocinador do nosso esporte do que um construtor”, disse. “Talvez isso seja o que está deixando a Red Bull insatisfeita, já que ela gosta de ter sucesso para ontem”, criticou.
 
“Eu entendo isso, mas, do nosso lado, não vemos dessa forma. E talvez essa seja uma das razões de ser difícil alinhar nesse momento com a Red Bull. Mas nós estamos pensando em longo prazo”, justificou.
 
Mesmo sem descartar a saída das corridas, Abiteboul admite que os dirigentes da Red Bull entendem que as coisas não podem continuar como estão. 
 
“O que você precisa garantir é que os ganhos sejam maiores do que os riscos e a negatividade associada a isso”, comentou. “Essa é a razão de precisarmos mudar o que estamos fazendo agora, porque, no momento, o equilíbrio entre ganhos e perdas, financeiro, mas também em termos de reputação, não é bom o bastante”, apontou.
 
“Qualquer coisa que fizermos no futuro na F1 será muito mais controlado. Na minha opinião, a dificuldade da decisão que temos de tomar é equilibrar muitos fatores”, opinou. “Não podemos trabalhar em isolamento, precisamos trabalhar em parceria, mas também estar no controle. Este é controle e o compartilhamento de risco que precisa ser medida, repartida e decidida”, concluiu.
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