Pérez se defende sobre manobra em Sainz no GP da Arábia Saudita: “Tentei bloqueá-lo”

O incidente envolvendo Sergio Pérez e Carlos Sainz, no GP da Arábia Saudita, continua dando pano para manga. Após o mexicano espremer o espanhol na saída do pit-lane, enquanto o safety-car estava na pista em Jedá, os comissários de prova determinaram que o piloto da Red Bull devolvesse a posição para o ferrarista.

Sobre a manobra, ‘Checo’ se defendeu, afirmando que se manteve fiel à linha da pista – o que, de fato, não deu espaço para Sainz retornar ao circuito. Mas, segundo Pérez, o movimento feito não é necessariamente ilegal. “Estava obviamente tentando bloqueá-lo, o que é permitido, em termos de você ser capaz de cruzar a linha do safety-car. Então eu senti que tudo foi feito com toda a justiça”, afirmou.

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Pérez largou da pole-position no GP da Arábia Saudita e conseguiu arrancar na liderança após a largada. No entanto, pouco depois do mexicano realizar o primeiro pit-stop, Nicholas Latifi bateu no muro e causou a entrada do carro de segurança no circuito de Jedá, o que permitiu que Leclerc, Verstappen e Sainz pudessem ir aos boxes com tempo mínimo de parada.

Foi no momento em que o espanhol estava voltando à pista, depois do pit-stop, que o incidente com Pérez aconteceu. Sainz reclamou via rádio e, depois, criticou a demora da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) em ordenar que ‘Checo’ devolvesse o terceiro lugar – de acordo com o piloto da Ferrari, a troca deveria ser feita durante o período com o carro de segurança no circuito, e não após.

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“A equipe me pediu para devolver a posição, então eu devolvi logo após o safety-car. O time tem mais informações, dentro do carro você não sabe onde exatamente está a linha do safety-car. Então sim, quanto a isso, sinto que foi a coisa certa a se fazer”, analisou o mexicano, que também mostrou seu lamento com o “momento errado” da presença do carro de segurança em Jedá.

“Má sorte. Senti que estava com a corrida sob controle, e então veio o incidente do Latifi, o que basicamente me afetou e veio no momento errado da corrida para mim. Digo, como um piloto, não há nada o que fazer. Estávamos com tudo no lugar, com muita margem para undercuts, mas infelizmente não conseguimos executar o que poderíamos”, disse Pérez. “É doloroso no carro, mas isso é corrida. Entrando na corrida, especialmente nesse tipo de corrida, você sabe que essas coisas podem acontecer”, completou.

Por fim, Sergio Pérez demonstrou confiança com a evolução mostrada pela Red Bull na Arábia Saudita – apesar de tecer críticas ao estado do RB18 no fim da etapa saudita -, e destacou a estratégia adotada pelos taurinos em Jedá. “Acho que fizemos tudo perfeitamente no fim de semana”, contou. “No fim, atrás de Carlos (Sainz), penso que o carro não foi tão bom quanto na primeira sequência. Fizemos alguns ajustes com os pneus duros, o que provavelmente nos prejudicou um pouco. Estava até conseguindo alcançar Carlos, mas infelizmente, tivemos uma bandeira amarela e segurei o ritmo”, detalhou.

O quarto lugar em Jedá representou os primeiros 12 pontos de Pérez no Mundial de pilotos. Ele havia abandonado o GP do Bahrein devido a um problema no fluxo de combustível nas voltas finais, quando ocupava a terceira posição.

“Temos que continuar aumentando o ritmo. Estou muito feliz por Max (Verstappen) e o time, depois do duplo abandono que tivemos no Bahrein. Conseguir esses resultados foi realmente bom. Para ser sincero, acho que estamos bem. Temos que continuar trabalhando e ver o que conseguimos melhorar”, finalizou.

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