Pérez dispara após Verstappen negar ajuda em SP: “Se tem dois títulos, agradeça a mim”

Ao que parece, o GP de São Paulo de 2022 enterrou qualquer tipo de relação amistosa que ainda havia entre Max Verstappen e Sergio Pérez. O mexicano não mediu palavras após ver o bicampeão se recusar a ajudá-lo no final da corrida em Interlagos, realizada neste domingo (13), e disse, com todas as letras, que o holandês só possuía títulos na F1 graças a ele.

Tudo começou quando, na parte final da corrida, a Red Bull entrou em ação e ordenou a troca de posições: Verstappen passou Pérez para tentar atacar Fernando Alonso, então quinto colocado, mas não conseguiu. Na última volta, o pedido foi no caminho inverso: se não desse para passar, que Max devolvesse a posição para o companheiro. Verstappen retrucou afirmando que não faria isso e que era para a equipe “não perguntar de novo” porque “já tinha dado os motivos”.

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Pérez, que briga pelo vice-campeonato na temporada 2022 com Charles Leclerc, foi informado via rádio assim que cruzou a linha de chegada do que havia acontecido e disparou: “Obrigado, pessoal. Isso mostra quem ele realmente é”.

Já fora do carro, Pérez continuou o ataque: “Acho que, se ele tem dois títulos, agradeça a mim”. E ainda completou que “depois de tudo que fiz por ele, estou um pouco desapontado”.

Não é a primeira vez que Pérez torna público a indignação pela falta de ajuda de Verstappen numa situação de pista em que o mexicano está mais rápido. Na Espanha, ‘Checo’ chegou a liderar a corrida, mas uma ordem de equipe da Red Bull determinou que o piloto não contestasse a vitória do atual campeão. Após a corrida, o #11 admitiu que poderia ter ido melhor em termos estratégicos e disse que iria conversar com o time depois.

Em 2021, no GP de Abu Dhabi, Pérez teve um momento importante quando resistiu ao ataque de Lewis Hamilton e permitiu a aproximação de Verstappen. No entanto, o que determinou o título foi o safety-car no final causado por Nicholas Latifi e as decisões erradas da direção de prova, sob liderança de Michael Masi.

Neste ano, Verstappen conseguiu dominar a temporada a partir da vitória da França, também capitalizando em cima dos constantes erros da Ferrari. O segundo título de Max veio no Japão, com quatro corridas de antecedência.

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