Chefe da Mercedes diz que idade “afeta a todos”, mas vê Hamilton “totalmente focado”
Chefe da Mercedes, Toto Wolff ainda usou a geração atual de carros para justificar o desempenho oscilante de Lewis Hamilton nas últimas temporadas da Fórmula 1
Lewis Hamilton chegou aos 40 anos diante de um desafio e tanto na carreira: ser um dos pilotos da Ferrari, equipe mais tradicional da história do grid. E por mais que a idade possa ser um fator no mínimo a se observar, o agora ex-chefe de Mercedes, Toto Wolff, vê o heptacampeão “totalmente focado” por ser um atleta de ponta.
A declaração do dirigente austríaco foi dada ao portal da revista alemã Auto Motor und Sport. A idade dos atletas, sobretudo pilotos de Fórmula 1, sempre é assunto de discussão quando se fala em alta performance, e o desempenho oscilante de Hamilton em 2024 levantou questões quanto ao futuro dele na categoria.
Wolff, inclusive, deu declaração recente sobre a relação envelhecimento × perda de habilidades cognitivas, e muitos ligaram a fala a Lewis. Ele, então, explicou que se trata de uma consequência natural, mas duvida que vá atrapalhar um piloto do nível de Hamilton.
“Isso [o envelhecimento] afeta todos nós. Mas acredito que um atleta de ponta como Lewis, que está totalmente focado em algo, é capaz de deixar isso de lado por muito tempo”, salientou Toto.

“Podemos ver isso melhor em Fernando [Alonso]. Apesar de toda a experiência que possui, ele ainda pilota rápido. O mesmo acontece com Lewis”, frisou.
Mas se a idade ainda não é uma questão na vida de Hamilton, como explicar a perda de desempenho desde a virada do regulamento? Claro que o fator equipamento influencia, mas a indagação é válida quando o elemento de comparação é George Russell.
Para se ter uma ideia, em 2024, o placar foi 19 × 5 para Russell em classificações, além de ter fechado o campeonato na frente. “Lewis não gosta muito dessa geração de carros”, argumentou o líder da Mercedes.
“Ele freia tarde e pilota o carro agressivamente nas curvas. O carro e os pneus às vezes não perdoam isso. Isso é mais perceptível na classificação do que na corrida. Pode ter havido outros fatores de influência. Não creio que ele já estivesse pensando na nova equipe. Lewis é profissional demais para isso”, finalizou.
Por enquanto, a Fórmula 1 continua de férias. A próxima atividade é exatamente a sessão única de testes coletivos de pré-temporada, marcada para os dias 26, 27 e 28 de fevereiro, no Bahrein. A temporada 2025 começa com o GP da Austrália, nos dias 14-16 de março.
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