Vettel compara sucesso do GP do México a desinteresse pela F1 na Alemanha: “Vi mais bandeiras do meu país lá”

Sebastian Vettel não sabe exatamente o motivo de o público alemão ser tão blasé com relação à F1 nos últimos anos - mesmo tendo pilotos e equipes de ponta. Mas se espantou ao ver mais animação alemã na Cidade do México que vê quando o Mundial vai a Nürburgring ou Hockenheim

Redação GP 03/11/2015 | 12:14

O GP do México do último domingo mostrou uma cara diferente ao que a F1 tem se acostumado. Uma torcida apaixonada brindou o retorno da F1 ao país, que hoje tem um piloto e mais um voltando, mas nenhum deles perto de vencer corridas. A Alemanha, ao contrário, tem a equipe campeã e pilotos que podem vencer qualquer corrida – mas não tem a empolgação dos latinos.

 

Um destes pilotos alemães que sempre pode ganhar provas, o tetracampeão mundial Sebastian Vettel, não sabe explicar o motivo da falta de entusiasmo do público alemão com a F1. Mas crê que viu mais bandeiras do seu país na Cidade do México do que costuma ver na Alemanha.

Sebastian Vettel e sua Ferrari no Hermanos Rodríguez (Foto: Getty Images)

"Talvez os fãs estejam um pouco cansados da F1 ou talvez os ingressos estejam muito caros. Honestamente, não sei o que está errado. É um mistério", disse.

 

"Eu acho que vi mais bandeiras da Alemanha no México do que eu vejo na Alemanha. No passado, as corridas por lá eram ótimas – não nos últimos anos. É uma pena ver menos e menos alemães vindo às corridas, ainda que os pilotos alemães estejam brigando por vitórias. Não fica melhor que isso! Em outros países, vemos que em geral as pessoas ainda nutrem paixão pelo esporte"

 

Os organizadores da prova mexicana afirmaram que 300 mil ingressos foram vendidos para os três dias de atividades na Cidade do México, levando Niki Lauda a classificar a prova como "em termos de organização e fãs, a melhor" prova que viu na vida.

 

O GP da Alemanha, claro, foi cancelado em 2015 por conta de problemas em Nürburgring. Entre as justificativas apresentadas, estava que a prova não é financeiramente rentável.