Vettel vê “todos no limite com pneus” e justifica Ferrari atrás da Renault: “Não tivemos uma volta limpa”

A temperatura ambiente de 31ºC foi um grande desafio para os pilotos do grid. Gabriel Robe largou na frente, lutou bravamente com Pedro Cardoso do início ao fim, mas sofreu com o forte calor em Mogi Guaçu. Melhor para o brasiliense, que venceu pela segunda vez em 2018

Sebastian Vettel terminou a sexta-feira (26) de treinos livres do GP do México na quarta posição, obtida na segunda sessão do dia. O alemão não foi páreo para o domínio da Red Bull, que colocou Max Verstappen na frente e Daniel Ricciardo em segundo. A grande surpresa do dia foi o ótimo desempenho da Renault, que colocou Carlos Sainz em terceiro tanto pela manhã como à tarde. Nico Hülkenberg foi o quarto no TL1 e quinto no TL2, logo atrás de Vettel.
 
O alemão, que precisa de uma combinação de resultados improvável para seguir na briga pelo título da temporada — tem de ganhar e torcer para Lewis Hamilton chegar de oitavo lugar para trás —, ressaltou a força dos carros da Red Bull, mas que já esperava por um desempenho muito bom da sua ex-equipe no México.
 
“Hoje foi muito difícil para nós fazermos funcionar o carro da forma mais correta. A manhã foi muito interessante na comparação que fizemos com os pacotes aerodinâmicos que tivemos à disposição, enquanto à tarde nos concentramos mais nas simulações de classificação e ritmo de corrida. No long-run, o carro foi muito competitivo, enquanto que em volta lançada tivemos problemas para encontrar o equilíbrio correto do carro para podermos aproveitar todo o potencial dos pneus”, descreveu.
Sebastian Vettel sofreu com a performance dos pneus e ficou atrás da Renault no México (Foto: AFP)

“Acho que é a pista com menos sensibilidade em termos de potência. Mas eu acho que já era esperado que a Red Bull fosse muito forte”, afirmou o tetracampeão pouco depois do treino realizado à tarde no Autódromo Hermanos Rodríguez.

 
Quanto à performance da Renault, Vettel entende que o cenário exibido nas tabelas de tempo dos treinos no México é irreal. “Não acho que tivemos uma volta limpa, então deveríamos estar à frente das Renault”, explicou.
 
Vettel falou também sobre a grande dificuldade vivida pela maioria dos pilotos ao longo da sexta-feira no México: o alto desgaste dos pneus, sobretudo dos hipermacios. O alemão entende que apenas os carros taurinos não enfrentaram problemas durante os treinos livres.
 
“Todo mundo está no limite com os pneus, tentando fazê-los com que escorreguem um pouco menos, talvez com exceção da Red Bull”, avaliou.
 
“As dificuldades foram causadas pela baixa aderência que fazia escorregar o carro, provavelmente pela falta de downforce, que não permitiu fazermos funcionar bem os pneus. A consequência foi que tudo ficou complicado e por isso vimos essa diferença tão grande em uma volta”, explicou Seb.
 
Para o sábado, Vettel acredita que os pneus vão ser o fator decisivo para a definição da pole-position no México.
 
“Amanhã temos de tentar encaixar as coisas para a classificação. Ainda que com os hipermacios tudo deveria ser um pouco mais simples, não vai ser tão fácil encontrar o equilíbrio correto durante toda a volta. Todos temos algo guardado para melhorar amanhã. Hoje tentamos ser o mais rápido possível e acho que a gestão dos pneus vai ser o ponto-chave. Ter alguns km/h a mais de velocidade não é tão importante, o que vai fazer a diferença, de verdade, vai ser encontrar a janela correta de uso dos pneus, porque com isso vai ser possível ganhar 0s3 a 0s4”, finalizou o tetracampeão.
 
O GRANDE PRÊMIO cobre ‘in loco’ o GP do México de F1 neste fim de semana com a repórter Evelyn Guimarães.
 
E o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 acontece este ano nos dias 9, 10 e 11 de novembro, no autódromo de Interlagos. Os ingressos para a corrida estão disponíveis no único site oficial do evento: www.gpbrasil.com.br.
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