Williams descarta “encurtar processos” e promete carro competitivo a Sainz só em 2028
Chefe da equipe, James Vowles explicou a responsabilidade que possui com o processo de reestruturação da Williams e disse que a contratação de Carlos Sainz foi apenas o primeiro passo de muitos que ainda precisam ser dados nos próximos anos
Responsável por liderar o projeto de reestruturação da Williams na Fórmula 1 para, quem sabe, transformá-la em uma equipe competitiva novamente, James Vowles voltou a comemorar a chegada de Carlos Sainz, mas disse que a contratação do espanhol foi apenas “um passo” no longo caminho que ainda será percorrido. Por fim, o dirigente destacou a seriedade do processo e foi sincero ao dizer que o time de Grove só deve ter um carro capaz de conquistar vitórias na temporada 2028.
Após quatro anos vestindo o macacão vermelho da Ferrari, o #55 foi avisado no início de 2024 que teria de abrir caminho para a chegada de Lewis Hamilton. Com muitas propostas sobre a mesa, incluindo da Alpine e da Sauber/Audi, decidiu embarcar no projeto de Williams e se tornar o novo companheiro de Alexander Albon. Não é segredo para ninguém, porém, que a escuderia inglesa vem atravessando um momento muito complicado.
Acostumado a brigar na parte de cima do grid, Sainz sabe que a situação será bem diferente em 2025. Enquanto o madrilenho subiu no degrau mais alto do pódio em duas oportunidades e brigou até o fim pelo título do Mundial de Construtores com os italianos na temporada passada, a equipe liderada por Vowles somou apenas 17 pontos e terminou a competição na nona posição. Por isso, a questão que fica é: quando o piloto de 30 anos poderá contar com um carro capaz de vencer outra vez?
“Se me pedissem para me comprometer com uma data, eu diria mais para 2028. Mas acho que a questão é que devemos estar no caminho certo para chegarmos lá”, disse James em entrevista ao Motorsport Week. “Há muitos investimentos, mudanças no comando e outros elementos que devem chegar em 2026 e 2027. Tudo leva tempo na F1“, continuou.
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“Podemos encurtar alguns processos e, assim, tenho certeza de que podemos alcançar um bom desempenho de maneira mais rápida, mas não teremos as bases no lugar e tudo entrará em colapso em algum momento. Fazer tudo da maneira correta é a verdadeira chave para ter sucesso na F1, não por um ano, mas por muitos e muitos anos pela frente”, explicou. “Em 2028, eu estaria muito mais confiante em olhar nos seus olhos e dizer ‘sim’ [terá um carro competitivo]”, apontou o chefe da Williams.
Na sequência, Vowles voltou a lembrar do momento em que fechou acordo com Sainz e disse que tanto ele quanto o pessoal na fábrica ficaram muito animados com a novidade. Apesar de destacar a importância do momento, o britânico colocou os pés no chão e salientou que ainda não há motivos para festa, já que o objetivo final está longe de ser alcançado.
“Quando assinamos o contrato, fiquei nas nuvens, e ele [Sainz] sabe disso. Quando contei para a fábrica, logo depois, aproveitei o momento. São coisas que não acontecem muitas vezes na carreira, quando tomamos uma decisão crucial que mudará completamente a direção e o curso de uma organização”, comemorou.
“Estava com nosso comitê de gestão, e eles perguntaram: ‘certo, o que vamos fazer para comemorar?’, e eu disse: ‘não vamos comemorar’. Este é apenas um passo dos cerca de mil que precisamos alcançar ao longo da nossa jornada para ter sucesso. Vou comemorar quando alguém vier até mim e disser: ‘parabéns, a Williams é uma forte competidora que luta por vitórias e campeonatos'”, contou Vowles.
“Por mais horrível que pareça, é isso que precisamos para chegar a um ponto em que acredito que fomos bem-sucedidos. Carlos é um grande trunfo, ele é um piloto brilhante, mas ele é um passo no caminho para esta equipe voltar à frente”, concluiu.
Por enquanto, a Fórmula 1 está de férias. A próxima atividade é exatamente a sessão única de testes coletivos de pré-temporada, marcada para os dias 26, 27 e 28 de fevereiro, no Bahrein. A temporada 2025 começa com o GP da Austrália, nos dias 14-16 de março.
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