Williams diz que Sargeant “atingiu limite” e defende dispensa: “Quase injusto mantê-lo”
Chefe da Williams, James Vowles descartou que a demissão de Logan Sargeant tenha sido por conta do acidente nos Países Baixos e explicou que seria injusto com o norte-americano mantê-lo no time sabendo que ele não seria capaz de atingir performances melhores na F1
A Williams reconheceu que a decisão de romper com Logan Sargeant pouco depois da metade da temporada 2024 da Fórmula 1 não foi fácil, porém afirmou que seria “quase injusto” insistir nele diante dos resultados apresentados. O chefe, James Vowles, argumentou que já era claro que o norte-americano havia atingido o limite de performance que seria capaz de alcançar na competição.
Sargeant foi demitido logo após o GP dos Países Baixos, realizado no último fim de semana. Em Zandvoort, sob chuva, o piloto deu uma panca violenta no TL3, que destruiu parte do carro e ainda o deixou de fora da classificação.
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Para a vaga de Logan, a Williams buscou a prata da casa e trouxe o pupilo da academia, Franco Colapinto, para as nove corridas finais do ano. Aos jornalistas presentes em Monza, Vowles explicou a razão da mudança com a temporada em andamento.
“Se falarmos com todos os chefes de equipe no pit-lane, ninguém quer trocar um piloto no meio da temporada. Isso é horrível. É incrivelmente difícil para o piloto, é difícil para a equipe, é perturbador”, começou o britânico.
“Então por que mudar agora? O ponto ideal para se fazer isso é no começo do ano. Mas Logan estava começando a ficar a 0s1 de Alex [Albon] no final do ano passado, ficando mais perto. Foi bom acompanhar o progresso dele, e se continuasse, acredito que o teríamos em posição muito forte este ano. Não parecia o momento de romper laços”, acrescentou.
“A razão agora é direta, temos experiência suficiente para saber que ele atingiu o limite do que é capaz de alcançar. Na verdade, é quase injusto com ele continuar desse jeito”, argumentou Vowles, emendando que “uma ruptura limpa naquele momento pareceu ser a decisão certa para todos, foi justo para Logan”.
“Vejam o rosto dele ao sair do carro, ele deu tudo o que podia e não é o suficiente. Do ponto de vista humano, ele nunca fez nada além de me dar 100% do que era capaz. Mas a percepção de onde está em relação aos próprios limites e clara para todos”, completou.
Ao ser questionado especificamente sobre o acidente de Sargeant em Zandvoort, Vowles deixou claro que não houve relação com a decisão de dispensá-lo. “O que quis foi dar tempo que achei suficiente para ele demonstrar onde estava em pistas que sei que teríamos bom desempenho.”
“No início do ano, tínhamos a responsabilidade de construir um carro rápido o bastante. Não fizemos isso. De Zandvoort em diante, acredito que construímos um carro capaz de pontuar, e é aí que o ponto de decisão muda”, seguiu.
“No caso, [a decisão] realmente aconteceu depois da corrida no domingo, vasculhei os dados com detalhes suficientes para ver onde ele estava em termos de desempenho, o que estava acontecendo. E não foi em uma área, houve ainda uma falta de gerenciamento de tempo, falta de ritmo”, encerrou.
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