Wolff nega relação ruim com novo CEO da Mercedes: “Temos uma amizade”

Chefe da Mercedes na Fórmula 1, Toto Wolff atrelou os rumores de uma eventual saída da Mercedes a um investimento pessoal em ações da Aston Martin

Chefe da Mercedes na Fórmula 1, Toto Wolff negou que tenha problemas de relacionamento com Ola Kallenius, diretor-executivo da Daimler. O dirigente afirmou que é amigo do novo CEO, assim como era de Dieter Zetsche, e reforçou o desejo de seguir com a Mercedes.

Questionado durante uma entrevista feita por videoconferência sobre como é a relação com Kallenius em comparação com o Zetsche, Wolff respondeu: “São duas personalidades diferentes, mas tenho uma relação profissional excelente com os dois e, mais do que isso, uma amizade, na verdade”.

Toto Wolff não quer grid invertido. Por quê? (Foto Mercedes)
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“Ri bastante com Ola quando surgiram esses rumores de que havia alguma disfuncionalidade na nossa relação. Nós falamos ao telefone muitas vezes toda semana e ele é muito envolvido”, contou. “Ele é um parceiro muito bom que eu não gostaria de perder, assim como Dieter era”, seguiu.

Wolff afirmou que acredita que os rumores de uma saída da Mercedes são fruto de um investimento privado que fez na Aston Martin no início do ano.

“Comprei algumas ações da Aston Martin como investimento financeiro. Acredito na marca. Acho que a estratégia que está sendo implantada faz sentido”, comentou. “Tobias Moers, o novo diretor-geral, é um cara que eu conheço há muito tempo. E acredito que ele pode mudar esse negócio. Têm um grupo muito forte de acionistas que estão apoiando a Aston Martin hoje que não vai decepcioná-la. E, portanto, decidi fazer parte desse grupo”, justificou.

“Minhas funções executivas seguem inalteradas. Estou na Mercedes, sou o chefe do time e um acionista. E está claro que, quando não há nenhuma outra manchete por aí, essa da Aston Martin causou algumas ondas”, ironizou. “Mas meu planejamento é com a Mercedes. Tenho toda a intenção de ficar aqui. E isso não mudou”, assegurou.

Wolff, porém, não descarta a possibilidade de se afastar de algumas funções do posto de chefe de equipe para não ter de viajar para todas as corridas. Isso, aliás, já aconteceu no ano passado. Diretor-técnico do time, James Allison foi o substituto em algumas reuniões em 2019.

“Algo de que muito me orgulho no time é que nos sempre intercambiamos os membros seniores em papeis diferentes. Nós desenvolvemos talentos. E o mesmo se aplica a mim. Tenho sorte de estar no comando da Mercedes desde o começo de 2014 e com anos que não gostaria de perder. Realmente gostei da interação e de trabalhar com todos os meus amigos no time da F1 e na Daimler, e isso é algo que não gostaria de perder”, frisou. “No entanto, preciso me questionar. Não quero ser um chefe de equipe que vai de ótimo para bom sem perceber que talvez não esteja contribuindo mais tanto com o time como no início. Ainda sinto que posso contribuir muito, mas, claro, estou pensando no meu futuro, estou conversando com Ola sobre isso”, reconheceu.

“Não é um simples contrato de trabalho, mas envolve uma participação acionária. Mas estamos no meio do processo de criação do nosso futuro conjunto e, portanto, não quero me ater a pontos específicos, seja como chefe de equipe ou diretor-geral”, afirmou. “E, para ser honesto, ainda não tomei nenhuma decisão, porque nós sequer começamos a correr. Então todos esses acordos e conversas estão acontecendo conforme falamos”, encerrou.

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