Tsunoda diz que se sentiu “estranho” ao quase ser barrado nos EUA: “Perguntou até salário”

Por pouco, Yuki Tsunoda não perdeu o GP de Las Vegas de Fórmula 1, que acontece neste fim de semana, e tudo por conta do rigoroso controle de entrada de estrangeiros nos Estados Unidos. O piloto da RB revelou que ficou cerca de três horas preso na alfândega até ser totalmente liberado para entrar no país.

Tsunoda chegou a ser impedido de procurar alguém da Racing Bulls para ajudar na conversa com o agente alfandegário. Em meio a tantas perguntas que teve de responder, viu até o salário ser questionado.

“Felizmente, eles me deixaram entrar depois de algumas conversas”, contou Yuki aos jornalistas durante a coletiva de imprensa oficial desta quinta-feira (21). “Bom, foram muitas, na verdade. Mas, sim, quase fui mandado de volta para casa. Agora está tudo bem, estou aqui”, acrescentou.

“Tirei os vistos e tudo mais. A mesma coisa das últimas três pistas, não? Consegui entrar sem problemas na anterior [Circuito das Américas]. Eu me senti um pouco estranho por ter sido barrado e tive uma discussão normal. Felizmente, o problema não durou mais do que duas ou três horas”, seguiu Tsunoda, lembrando que é a terceira vez no ano que a F1 desembarca em solo norte-americano.

“Não é a primeira vez que viemos para cá este ano”, continuou Yuki sobre o país que recentemente trouxe o republicano Donald Trump de volta ao poder — e o futuro presidente já afirmou que vai dar início “ao maior programa de deportação da história dos Estados Unidos” e endurecer as fronteiras.

“Ouvi muitas coisas, mas espero que tudo esteja bem no futuro, sem problemas”, frisou o piloto. Em seguida, deu mais detalhes do que ocorrera no aeroporto.

“Estava viajando com meu fisioterapeuta, mas quando você passa pela alfândega, vai individualmente. Ele [o agente da alfândega] me colocou em uma sala e tivemos uma conversa. Perguntei se podia levar a pessoa com quem estava viajando, pois talvez pudesse ajudar a explicar mais sobre mim e sobre ser um piloto de F1. Mas eles não permitiram, nem mesmo que eu ligasse para alguém”, explicou.

“Queria ligar para a equipe também, ou para a Fórmula 1, talvez pudessem me ajudar, mas naquela sala, você não pode fazer nada”. Ao ser perguntado se o agente teve dúvidas se era mesmo um piloto, brincou. “Talvez. Eu estava de pijama, talvez não parecesse um piloto de F1.”

“Tenho certeza de que ele sabia. Durante a conversa, até me perguntou o salário e tudo mais”, revelou. “É uma situação incômoda, não pude dizer nada sobre coisas pelas quais fui muito pressionado. Se dissesse algo mais, sinto que estaria mais em apuros. Espero que tudo seja resolvido. Felizmente, passei sem problemas”, encerrou.

O GRANDE PRÊMIO acompanha AO VIVO e EM TEMPO REAL todas as atividades do GP de Las Vegas, na Las Vegas Strip, e transmite classificação e corrida em segunda tela, em parceria com a Voz do Esporte, na GPTV, o canal do GP no Youtube. Depois das atividades de cada dia, debate tudo o que aconteceu no Briefing. Na noite de quinta-feira (21), às 23h30 (de Brasília, GMT-3), acontece o treino livre 1. Depois, na madrugada de sexta-feira (22), às 3h, os pilotos realizam a segunda sessão. Ainda na noite de sexta-feira, retornam para o terceiro treino livre, às 23h30. Em seguida, na madrugada de sábado (23), disputam a classificação. Por fim, a largada da corrida em Las Vegas será no domingo (24), às 3h.

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