Dunne se redime de sprint afobada e vence corrida 2 da rodada do Bahrein da Fórmula 2

Depois de uma performance arrojada, mas também afobada na sprint, Alexander Dunne fez tudo certo no domingo (13) e venceu a corrida 2 da rodada do Bahrein da Fórmula 2. O irlandês assumiu a liderança ainda nas primeiras voltas e gerenciou muito bem o desgaste dos pneus, não dando chance aos adversários. Luke Browning e Leonardo Fornaroli completaram o pódio.

A corrida teve dois momentos decisivos: a largada, quando Dunne pulou de quarto para segundo em mais uma bobeada de Victor Martins, e as paradas, já que as estratégias entre duros e macios funcionaram para uns mais do que outros. Luke Browning, por exemplo, perdeu muitas posições na largada por conta da borracha mais dura, mas conseguiu recuperar no instante em que calçou os pneus de faixa vermelha, terminando em segundo.

Já Martins até se recuperou ao efetuar undercut sobre Fornaroli, porém perdeu rendimento nas voltas finais e viu o italiano tomar o pódio. O francês, aliás, viu os pneus duros se acabarem e ainda perdeu para Josep María Martí, ficando em quinto.

Na volta final, Martí perseguiu Fornaroli, que resistiu a uma pressão insana para terminar no pódio. O top-10, portanto, ficou assim: Dunne, Browning, Fornaroli, Martí, Martins, Richard Verschoor, Dino Beganovic, Arvid Lindblad, Gabriel Minì e Joshua Dürksen.

A Fórmula 2 volta no próximo fim de semana, de 18 a 20 de abril, em Jedá, para a rodada da Arábia Saudita. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades da temporada 2025.

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Confira como foi a corrida 2 da F2 em Sakhir:

Com 30,1°C de temperatura ambiente, 43,7°C de asfalto e umidade relativa do ar em 40%, Fornaroli alinhou na pole-position em busca do retorno ao caminho das vitórias, algo que não acontece na vida do italiano desde 2021. Ao lado para tentar impedir o feito, Martins, já pressionado depois de outro começo de temporada errático.

Luzes apagadas, Fornaroli partiu muito bem, enquanto Martins novamente foi engolido pelo pelotão em outra largada ruim, despencando para sexto. Dunne, que causou na sprint com uma pilotagem arrojada e também estabanada, pulava para segundo, enquanto Villagómez surgia em terceiro depois de escalar nada menos que cinco posições.

Destaque também para Martí, vencedor da sprint, já em quinto ao subir cinco postos. Em contrapartida, Browning e Verschoor perdiam sete posições cada, fechando o giro 1 em décimo e 13º, respectivamente.

Na prática, com exceção de Martins, os pilotos que escolheram os macios foram muito melhores na largada. A borracha também os ajudou a ter mais performance nas voltas iniciais, tanto que Dunne, na sete, colocou pela linha de dentro e ganhou de Fornaroli na freada da 1, assumindo a liderança.

Ao mesmo tempo, pouco mais atrás, Martí pegou o terceiro lugar de Villagómez, e Martins também foi no embalo, chegando ao quarto posto. Na liderança, a tarefa de Dunne era manter os pneus macios inteiros por mais dez voltas, ou seja, até a 18.

Enquanto a televisão mostrava boa briga no pelotão intermediário entre Dürksen, em décimo, Beganovic e Verschoor, com todos muito próximos, Dunne já levava 1s8 de vantagem para Fornaroli. Depois de muito insistir, na curva 1, o neerlandês conseguiu a ultrapassagem sobre o sueco, ficando a 0s8 de Dürksen para brigar pela zona de pontos.

Na volta 12, Minì abriu a janela de paradas mesmo após largar de pneus duros. Na seguinte, Martins, de macios, também foi para os pits efetuar a troca obrigatória.

Verschoor, Beganovic e Montoya foram na sequência, mas o curioso era que, destes, somente o colombiano estava na janela certa por conta dos pneus de faixa vermelha. O desgaste, portanto, era muito mais acentuado que o esperado. Enquanto isso, Dunne abria 3s para Fornaroli.

A Rodin, então, chamou-o para os boxes no fim da 14, mas depois desistiu, mantendo-o na pista. Só que a janela de pits veio no fim da 15, com a Invicta parando Fornaroli. Isso obrigou Dunne a antecipar os planos para evitar o undercut, entrando nos boxes antes da abertura da volta 17.

No retorno à pista, Dunne ainda voltou na virtual liderança, já que Lindblad era o primeiro colocado, porém ainda sem parada. Posições restabelecidas, Martins aparecia à frente de Fornaroli, posição ganha na troca de pneus. Cordeel, Martí, Browning, Verschoor, Stanek e Beganovic fechavam o top-10. Quando Lindblad parou, Dunne retornou à liderança.

Nas dez voltas finais, a corrida ganhou desenho interessante, pois os pilotos com os pneus macios eram muito mais rápidos. Tanto que Browning começou a escalar posições e não teve dificuldades para passar Fornaroli e pegar o pódio momentaneamente. Ao mesmo tempo, a questão era ver até quando a borracha aguentaria em boa performance.

Na pista, Browning aparecia apenas 1s2 atrás de Martins, que via Dunne à frente distantes 3s9. O piloto da Hitech não demorou para entrar na zona de detecção da asa móvel. Na abertura da volta 23, com o DRS aberto, Martins não teve o que fazer: foi engolido por Browning ainda na reta, antes mesmo da freada da curva 1. Só que Dunne ainda era muito rápido na liderança e levava 5s de vantagem.

De fato, não deu para alcançar o irlandês, mas a briga pelo terceiro lugar foi até a bandeirada, já que Martí, muito mais inteiro, azucrinou o juízo de Fornaroli, que lançou mão de ótima pilotagem defensiva para bloquear todos os ataques do espanhol.

Fórmula 2 2025, rodada do Bahrein, Sakhir, corrida 2:

1	A DUNNE	Rodin	32 voltas
2	L BROWNING	Hitech	+8.244
3	L FORNAROLI	Invicta	+19.433
4	J M MARTÍ	Campos	+19.867
5	V MARTINS	ART	+23.119
6	R VERSCHOOR	MP	+23.573
7	D BEGANOVIC	Hitech	+24.137
8	A LINDBLAD	Campos	+26.725
9	G MINÌ	Prema	+34.945
10	J DÜRKSEN	AIX	+37.860
11	O GOETHE	MP	+41.095
12	R VILLAGÓMEZ	Van Amersfoort	+43.201
13	A CORDEEL	Rodin	+44.469
14	R MIYATA	ART	+46.571
15	S MEGUETOUNIF	Trident	+47.403
16	J CRAWFORD	DAMS	+47.705
17	R STANĚK	Invicta	+48.633
18	K MAINI	DAMS	+52.956
19	S MONTOYA	Prema	+55.667
20	J BENNETT	Van Amersfoort	+55.911
21	M ESTERSON	Trident	+58.288
22	C SHIELDS	AIX	+1:09.975

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