F2 retorna na Bélgica com campeonato aberto e Fittipaldi em ascensão rumo à 1ª vitória
Um piloto pode sair de um fim de semana da F2 com até 39 pontos, ou seja: se Felipe Drugovich tiver problemas como na Hungria e Théo Pourchaire estiver inspirado, o francês pode sair da Bélgica na liderança. Mas há outros personagens importantes que podem fazer a diferença, e Enzo Fittipaldi surge querendo roubar a cena
Além da Fórmula 1, a F2 também volta das férias neste fim de semana, em Spa-Francorchamps, para disputar suas quatro rodadas finais, e a briga entre Felipe Drugovich e Théo Pourchaire está totalmente aberta. Apenas 21 pontos separam os dois pilotos, e com mais 156 a serem jogados, a máxima “tudo pode acontecer” nunca fez tanto sentido.
Isso porque a F2 permite ao piloto a chance de marcar muitos pontos num fim de semana: são dez da vitória na sprint race, 25 da prova principal, dois pontos para a pole-position e um ponto para a volta mais rápida de cada corrida, totalizando 39. Ou seja: se Drugovich tiver um fim de semana ruim e Pourchaire estiver num dia inspirado, o francês pode até sair da Bélgica na liderança.
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A arrancada do representante da ART Grand Prix começou após a etapa do Azerbaijão. Drugovich saiu de Baku com 49 pontos de vantagem, mas viu o rival tirar pontos nas rodadas seguintes pouco a pouco, até que, na Hungria, o piloto da MP enfrentou muitos problemas e marcou apenas sete pontos. Pourchaire, por sua vez, conseguiu vencer a corrida principal.
Logo após a corrida em Hungaroring, o francês de 19 anos admitiu que não foi fácil, pois o carro saía muito de traseira e Enzo Fittipaldi, com a Charouz, vinha consistentemente mais rápido. “Estava a ponto de perder o carro em todas as curvas. Foi uma corrida muito, muito estressante. Quando você tem um carro um pouco mais rápido do que você logo atrás, a cerca de dois segundos, você pode vê-lo pelo espelhos. Fiquei administrando [a diferença], estou muito feliz com isso, não cometi nenhum erro. Então isso é bom”, disse o piloto na ocasião.
O que fez a diferença também foi o bom controle dos pneus — o que chega a ser irônico, já que o brasileiro é quem costuma cuidar bem da borracha, mas, na Hungria, sofreu muito com o desgaste na parte final, lutando para cruzar a linha de chegada na zona de pontuação. A pausa, como o próprio Drugovich disse, não poderia ter vindo em melhor hora.
Agora, no retorno das férias, a expectativa de ambos é que Spa-Francorchamps proporcione uma disputa aberta, mas isso também deve trazer outros personagens para a briga e que, ao final, podem ser determinantes para o campeonato. E o principal nome que surge nesse grupo é justamente o de Fittipaldi.
Mesmo ao volante da modesta Charouz, Enzo vem tirando leite de pedra a cada fim de semana a ponto de não impressionar mais quando conquista um pódio (já são cinco), pelo contrário: a impressão que passa é que não seria exagero imaginar o brasileiro vencendo alguma das oito corridas que ainda serão disputadas até o final do ano. Já são 100 pontos, 19 a menos que Logan Sargeant, terceiro colocado, e 80 de distância para o líder Drugovich. Se título é um alvo distante, por mais que seja matematicamente possível, Enzo pode aparecer como fator surpresa na disputa Drugovich/Pourchaire e roubar pontos preciosos, obrigando a dupla a ser o mais perfeita possível e ter de passar pelas últimas rodadas sem cometer erros.
“Minha expectativa para as rodadas finais é continuar buscando uma boa classificação, estando sempre entre os dez, oito primeiros, somando bons pontos tanto na sprint quanto na corrida principal e brigar por pódios e vitórias. Quero continuar melhorando e aprendendo o máximo possível toda vez que entro no carro”, disse Enzo, que destacou ainda o aprendizado com o gerenciamento de pneus. “Além disso, algo que aprendi na F2 é sempre olhar para frente, pois não importa de onde você vai largar para a corrida principal, você pode mudar a situação e se sair bem.”
A F2 vai encarar três etapas seguidas junto com a Fórmula 1. Os pilotos sabem, portanto, que é o momento de buscar os acertos finais de olho em conseguir mais tempo de volta, um melhor ritmo de classificação e corrida, mas, sobretudo, sem cometer erros. No final, num fim de semana que permite tantos pontos, levar o carro até a linha de chegada já pode ser um enorme lucro.
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