Drugovich critica critério de entrada de safety-car em corrida da F2 em Ímola: “Muito injusto”

Ex-líder do Mundial de Pilotos da Fórmula 2, piloto brasileiro se decepcionou com entrada tardia do carro de segurança após batida de Liam Lawson

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A corrida 2 da Fórmula 2 em Ímola, no último domingo (24), segue repercutindo. Depois do safety-car ser acionado na quinta volta da prova – quando Juri Vips rodou sozinho e bateu no muro -, nove dos 18 carros da disputa resolveram parar nos boxes para trocar pneus. Felipe Drugovich foi um dos que permaneceu no circuito, apostando em uma nova intervenção do carro de segurança para maximizar seus pontos.

A três voltas do fim, então, Liam Lawson bateu forte. Era a oportunidade que o piloto da MP Motorsport precisava, mas a organização de prova primeiramente chamou o safety-car virtual para, somente depois de certo tempo, acionar o carro de segurança em definitivo. Segundo Drugovich, tal decisão da direção prejudicou seu resultado final na corrida – o ex-líder do Mundial de Pilotos da F2 cruzou a linha de chegada na décima posição.

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“De minha parte, sei que andei muito bem e estou muito contente com a minha performance”, começou a analisar Drugovich. “Os problemas foram a classificação e a segunda prova. Larguei bem, pulei de 12º para nono, com a estratégia de usar pneus médios no início e trocar para os super macios no fim da prova. A maioria dos pilotos usou a estratégia oposta e teve o safety-car na volta certa: ou seja, não perderam tempo e ainda continuaram com pneus bons esperando que o meu grupo parasse”, detalhou.

“Esperamos por um safety-car e ele deveria ter vindo imediatamente com a batida forte do Lawson, mas deram um safety-car virtual, por muito tempo, e nestas condições a parada obrigatória para troca de pneus não vale. Deram o safety-car real após eu cruzar a linha (de entrada dos boxes), e isso me permitiu parar apenas uma volta depois e, assim, não pude recuperar um pouco da desvantagem inicial. Eu diria que o critério foi muito injusto, mas enfim, vamos para Barcelona para tentar retomar a liderança do campeonato”, disparou Drugovich.

Enzo Fittipaldi no pódio (Foto: Dutch Photo Agency/RF1)

Quem nada teve a ver com isso foi o outro brasileiro envolvido na disputa, Enzo Fittipaldi. O piloto da Charouz fez parte do primeiro pelotão, que foi aos boxes logo após a batida de Vips. Muito por conta da estratégia, o neto do bicampeão mundial de Fórmula 1 conseguiu seu melhor resultado na F2: o segundo lugar.

“A sensação é indescritível. A gente vinha de bons desempenhos em corridas, e em Ímola deu tudo certo e encaixamos um segundo lugar. A equipe e eu vínhamos batalhando por um resultado como este há algum tempo e conseguimos aqui”, afirmou Fittipaldi.

Caio Collet ousa na estratégia, mas pneus de pista molhada não funcionam

Caio Collet pecou na estratégia em Ímola, pela F3 (Foto: Dutch Photo Agency)

Pela Fórmula 3, Caio Collet ousou na estratégia dos pneus e resolveu largar com compostos de pista molhada, mesmo sem chuva no momento da corrida – já que o traçado estava um tanto molhado pelos dilúvios que aconteceram na região da Emília-Romanha durante todo o fim de semana. No início da prova, deu certo e o piloto da MP Motorsport chegou a liderar a disputa. No entanto, logo o circuito italiano secou e o brasileiro foi obrigado a recalcular a rota, sendo forçado a ir aos boxes para realizar a troca e caindo no grid. Ao final da etapa, 11º lugar para ele.

“Foi mais um fim de semana difícil para nós, escolhemos a estratégia errada na corrida principal. Largar com o pneu de chuva foi bom, pulamos de nono para primeiro na primeira volta e passamos com uma boa vantagem para o segundo colocado. A ideia era abrir o máximo possível para parar e colocar o pneu seco depois. O safety-car é algo que foge do nosso controle e nas condições que tínhamos era a decisão correta para se tomar, mas no final ela não saiu como a gente esperava. Precisamos pontuar bem em Barcelona depois de um começo difícil de temporada e entrar de vez no campeonato”, falou Collet.

Na F4 alemã, Rafael Câmara sobe ao pódio três vezes e vence em estreia na Bélgica

Pódio da terceira corrida do final de semana em Spa, com Câmara em primeiro lugar (Foto: Prema)

Piloto da Academia da Ferrari e competindo pela Prema na Fórmula 4 Alemã, Rafael Câmara teve o início dos sonhos na categoria. Pela primeira etapa da categoria, em Spa-Francorchamps, três corridas foram disputadas ao longo do final de semana em três corridas – e o brasileiro foi o único do grid a subir no pódio nas três.

O estreante Câmara, inclusive, venceu a última prova, o que o colocou na segunda posição do campeonato: 61 pontos somados, apenas um atrás de Andrea Antonelli, seu companheiro de equipe.

“Foi um fim de semana para guardar na memória. Essa pista é sensacional e ter a oportunidade de competir em Spa com um carro tão bem acertado pela Prema é uma grande experiência. Agradeço a todos no time e ao suporte que tive na Ferrari para chegar bem preparado aqui”, falou o brasileiro após a disputa.

Gabriel Bortoleto pontua e Dudu Barrichello se decepciona em fim de semana da FRECA

Eduardo Barrichello teve fim de semana ruim em Monza, pela FRECA (Foto: Reprodução/Twitter)

Por fim, na Fórmula Regional Alpine, os brasileiros que disputaram as corridas em Monza, pelo campeonato europeu, tiveram saldos diferentes. Enquanto Gabriel Bortoleto pontuou nas duas sessões na pista italiana, Dudu Barrichello terminou em 26º no sábado e 20º no domingo.

“Fim de semana difícil para mim, o ritmo era bom, mas o pneu demorava muito para aquecer, o que dificultou nossos dois treinos de classificação do fim de semana. Largar do fundo é complicado, as coisas são bagunçadas. Na primeira corrida fui tirado na primeira curva, na segunda não deu para ir muito para frente, apesar das boas disputas. O push que entrou para a temporada também foi um fator nessa briga por posição. Hora de analisar os dados e pensar em Ímola para pontuar bem”, justificou Barrichello.

Já Bortoleto, que conquistou pódio e o quinto lugar entre os estreantes da FRECA em 2021, comemorou o resultado obtido na primeira etapa do campeonato neste ano.

“Primeira etapa positiva na FRECA, boas batalhas e pontos pro campeonato. Cabeça para cima, temos Ímola em 2 semanas. Obrigado a todo o time pelo trabalho duro”, falou o brasileiro.

POR QUE DRUGOVICH É CANDIDATO REAL AO TÍTULO DA FÓRMULA 2?
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