GUIA 2023: Fittipaldi, Doohan, Martins… F2 promete duelo novatos × veteranos por título
Pelo menos quatro equipes consideradas de ponta terão suas duplas formadas por um piloto novato oriundo da talentosa safra da F3 e um veterano. E não seria exagero dizer que o campeão da Fórmula 2 2023 deve sair daí
A partir desta sexta-feira (3), os 22 pilotos que formam o line-up da temporada 2023 da Fórmula 2 começam para valer a briga pelo campeonato. Mas ainda que seja totalmente precoce a mera tentativa de prever um resultado já para esta primeira rodada, no Bahrein, não é exagero dizer que, sim, há alguns nomes que têm tudo para roubar o protagonismo. E não apenas veteranos.
A verdade é que a F2 viverá neste ano um período de renovação, com a chegada de dez pilotos oriundos da Fórmula 3 — praticamente a metade do grid. Destes, sete chegaram à última rodada da temporada passada brigando pelo título, e todos eles estarão em equipes que são consideradas de ponta na classe.
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É por isso que, a partir do Bahrein, o que se verá na F2 será um duelo muito interessante entre os pilotos mais experientes e que surgem como apostas à taça versus a turma graduada que (ainda) não tem nada a perder. E o campeão vai sair daí.
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Mas vamos ao nomes, para sermos ainda mais diretos: do lado do grupo que já conhece bem o caminho neste degrau que antecede a Fórmula 1, há quatro em especial que puxam a fila, a começar pelo vice-campeão de 2022, Théo Pourchaire.
O jovem francês de 19 anos era uma das apostas para 2022 após ficar em quinto em seu ano de estreia na categoria, mas esbarrou na consistência de Felipe Drugovich e teve de se contentar com o segundo posto. O próprio Pourchaire reconheceu que tanto o brasileiro quanto a equipe MP foram imbatíveis, mas apesar da pouca idade, é ele agora quem chega a 2023 tendo a favor justamente a experiência que foi o diferencial do rival.
Ao seu lado, no entanto, um novato disposto a atrapalhar os planos. E que novato: Victor Martins, o campeão da F3, o piloto que concluiu mais rodadas na liderança. E Martins não está interessado em ser a ponte para o companheiro de equipe finalmente desencantar, muito pelo contrário. Será, aliás, um dos duelos mais interessantes deste ano.
Outro embate caseiro que promete acontecerá na vice-campeã Carlin, entre Enzo Fittipaldi e Zane Maloney. O adicional aqui é que ambos são integrantes da academia de pilotos da Red Bull, o que acaba tornando a disputa também um confronto direto na longa fila da F1. A favor do brasileiro está o excelente ano de estreia com a Charouz, com seis pódios. Mas foi de Maloney a façanha de, em meio a um campeonato tão equilibrado como a F3, enfileirar três vitórias seguidas na reta final, arrancada que quase se converteu em título.
Outras duas duplas também trazem novatos × veteranos. A Prema aposta em Oliver Bearman, outro postulante ao título da F3, para voltar aos dias de glória, e ainda contará com Frederik Vesti, piloto dinamarquês que foi o companheiro de Pourchaire na ART no ano passado. A DAMS, por sua vez, segue com Ayumu Iwasa, que fez um bom campeonato em 2022, e sobe Arthur Leclerc, o irmão mais novo de Charles. Na pré-temporada, inclusive, o estreante mostrou consistência nos tempos de volta, sempre figurando entre os primeiros colocados.
Há outros três novados que também vão incomodar: Roman Stanek, que vai dividir a Trident com Clément Novalak; e Isack Hadjar e Jak Crawford, uma dupla muito jovem na Hitech, mas que mostrou força na classe inferior. Se não brigarem pelo título, ao menos pontos preciosos devem roubar pelo meio do caminho, deixando o campeonato ainda mais imprevisível.
Na campeã MP, em contrapartida, a aposta é na experiência e no entrosamento de Dennis Hauger e Jehan Daruvala para surprir a falta que Drugovich irá fazer. Mas ambos tiveram um 2022 muito irregular e precisam provar que são merecedores da confiança e os caras certos para manterem o título com o time sediado em Westmaas.
Por fim, mas não menos importante, o piloto que é apontado por muitos como o próximo a ser batido: Jack Doohan. Não fossem os contratempos em rodadas como Holanda e Abu Dhabi, teria ameaçado o vice Pourchaire muito mais. Mas o australiano teve performances que foram suficientes para chamar a atenção da F1, tanto que a Alpine chegou a cogitá-lo para o lugar de Fernando Alonso.
Falta ainda a Doohan, porém, aquela ‘casquinha’ que separa pilotos e pilotos. Mas o jovem de 20 anos já deu mostras de que isso, literalmente, é uma questão de tempo, tanto que a Alpine tem apostado alto na preparação do rapaz. E o próprio filho do lendário campeão das 500cc, Mick Doohan, já avisou que não espera nada menos do que dominar o campeonato.
E nós, do lado de cá, não esperamos nada mais do que a melhor temporada da história, com um campeão totalmente imprevisível. Novamente: qualquer coisa diferente disso será uma surpresa.
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