Prema almeja simulador usado por Ferrari na F1 para Antonelli e Bearman na F2 2024

Determinada a recuperar o topo da Fórmula 2 tanto no campeonato de pilotos quanto no de equipes, a Prema trouxe um novo simulador e investiu em novos softwares para oferecer a Andrea Kimi Antonelli e Oliver Bearman os melhores recursos para a briga pelo título da temporada 2024. As melhorias, contudo, não vão parar por aí, pois o time italiano espera colocar em funcionamento nos próximos meses um sistema de hardware desenvolvido pela mesma empresa que trabalhou na criação do usado pela Ferrari na Fórmula 1.

A informação é da versão italiana do site Motorsport. Os carros da F1 têm se tornado cada vez mais dependentes das ferramentas de computação tanto na fase de design quanto no desenvolvimento do projeto, com extenso trabalho em túneis de vento e simuladores. Os engenheiros usam principalmente o CFD (dinâmica de fluído computacional, da sigla em inglês) para estudar a parte aerodinâmica, e isso exige softwares e hardwares cada vez mais modernos.

No ano passado, a Prema assinou um acordo com a Dynisma, empresa britânica que participou da construção do simulador que a Ferrari passou a usar na temporada 2021 e substituiu o famoso ‘spider’, que se baseava num conceito diferente. A célula DMG-1 da fabricante foi desenvolvida de modo a oferecer a possibilidade de um retorno maior de dados a serem transmitidos e gerenciados com o simulador para dar ao piloto sensações mais realistas e imersivas, além de respostas imediatas do sistema.

Isso significa que o piloto pode reagir com mais naturalidade a determinados comportamentos do carro virtual, como saídas de frente e de traseira, ou ao passar por zebras ondulações, aspecto de extrema importância para otimizar a distância para o solo. Além disso, há ainda a integração de um novo software de dupla versão, tanto para o antigo simulador quanto para o que deve entrar em uso já nos primeiros meses de 2024.

De início, a preparação de Antonelli e Bearman ocorrerá no antigo simulador, já atualizado com as últimas especificações de software, mas assim que a fase de instalação e calibração estiver concluída, a nova ferramenta também será usada para testes com os novos monopostos da categoria.

A partir deste ano, a F2 terá uma nova geração de carros, algo que não acontecia na categoria desde 2018. Pilotos que já tiveram a chance de andar com o novo modelo durante a fase de desenvolvimento, como Felipe Drugovich, explicaram que os modelos são comparáveis em termos de desempenho, com a principal mudança concentrada no trabalho dos engenheiros sobre o entendimento do melhor aproveitamento do downforce na parte inferior do carro.

A aposta num simulador de última geração, além de aproximar a Prema de outras equipes da F1, como Aston Martin, McLaren e Alpine, é, portanto, uma forma de melhorar a fase de adaptação tanto de Antonelli — que pulou para a F2 depois do título conquistado na FRECA no ano passado — quanto de Bearman.

Outras equipes do grid também estão investindo em melhorias em sua infraestrutura para a temporada 2024. A PHM atualizou os simuladores após colaboração com a Charouz. Já a Rodin, ex-Carlin, conta com dois simuladores: um mais recente, com projetores, e um mais funcional, para ser usado por pilotos que estão se preparando para subir para os monopostos.

A Fórmula 2 realiza os testes coletivos da pré-temporada nos dias 11, 12 e 13 de fevereiro junto com a Fórmula 3 no Bahrein, no circuito de Sakhir.

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