Drugovich aposta em grid “mais bagunçado” com “novo jeito de produzir downforce” na F2

Embora sem mudanças em termos de pilotagem, Felipe Drugovich explicou que o foco no downforce trabalhado por baixo do novo carro será um desafio a mais para as equipes em termos de configuração e desgaste de pneus

Campeão da temporada 2022 da Fórmula 2, Felipe Drugovich acredita que a nova geração de carros que vai estrear na categoria este ano pode bagunçar um pouco mais o grid comparado ao que foi visto no último campeonato. O brasileiro participou ativamente do trabalho de desenvolvimento do projeto e citou como principal diferencial as mudanças aerodinâmicas.

Drugovich correu três temporadas com os carros da geração anterior, presente na F2 desde 2018. O lançamento do novo carro era previsto para 2021, porém teve de ser adiado por conta da pandemia da covid-19.

Após as sessões de testes realizadas no ano passado, no Bahrein, ao lado de Tatiana Calderón, Drugovich explicou que o carro de 2024 é semelhante em termos de pilotagem, porém deve trazer um grid mais acirrado pelas mudanças aerodinâmicas. Nas palavras do piloto de desenvolvimento da Aston Martin, “é uma nova forma de produzir downforce”.

“É bem parecido, o chassi é parecido, assim como os níveis aerodinâmicos. É uma nova forma de produzir downforce, então as equipes terão de estudar mais sobre como obter mais downforce com o carro, deixando a altura certa”, disse Drugovich ao site oficial da F2.

F2 terá um novo carro na temporada 2024 (Foto: Divulgação)

“O carro provavelmente será tão rápido quanto o de 2022. Espero que as corridas sejam um pouco melhores. Geralmente perde-se menos downforce com este tipo de aerodinâmica, por isso a corrida deve ser um pouco melhor”, completou Felipe.

O foco na geração de pressão aerodinâmica por baixo do carro, ao contrário do usado atualmente, será o principal desafio, na visão do campeão de 2022. Trabalhar com o downforce da maneira correta significa não apenas tirar o melhor proveito da velocidade do carro, como também entender o gerenciamento de pneus — fundamental sobretudo nas sprints, sem paradas obrigatórias.

“É bom para o campeonato, pode bagunçar um pouco as coisas. O funcionamento do chassi é semelhante, mas por causa da aerodinâmica, as equipes terão de compreender o novo conceito e encontrar as melhores alternativas entre configurações mecânicas e aerodinâmicas”, seguiu.

“Isso vai mudar as coisas, as equipes terão de reaprender a configuração para usar este carro, o desgaste dos pneus também pode ser diferente, já que vai ser possível seguir um pouco mais perto o piloto da frente”, finalizou Drugovich.

A Fórmula 2 2024 começa no final de fevereiro, dia 29, no circuito de Sakhir, no Bahrein.

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