Andretti volta atrás e decide competir em 2015/2016 com trem de força padrão da primeira temporada da F-E

A Andretti decidiu voltar atrás em seu projeto para a segunda temporada da F-E. Sem conseguir desenvolver a contento seu próprio trem de força, a equipe norte-americana optou por usar o pacote do campeonato inaugural, o modelo Spark SRT_01E

A equipe Andretti decidiu que vai competir na temporada 2015/2016 com o trem de força padrão — que é o conjunto formado por motor elétrico, câmbio e transmissão — usado no campeonato inaugural da F-E. A equipe norte-americana vinha desenvolvendo sua própria tecnologia, que incluía o motor e uma caixa de câmbio de quatro marchas, mas não conseguiu encontrar a competitividade necessária para iniciar a disputa no mês de outubro.

Na verdade, o time vem encontrando enormes dificuldades e atravessando um período de testes coletivos bastante conturbado. A pré-temporada da F-E, aliás, termina nesta terça-feira (25), em Donington Park, na Inglaterra. E a esquadra decidiu voltar ao modelo Spark SRT-01E, cujo sistema eletrônico é feito pela McLaren.

Depois de dias difíceis nas primeiras baterias de treinos, em que os pilotos apenas completaram voltas de instalação, a Andretti conseguiu converter seus dois carros nas especificações do modelo Spark, o que permitiu a Simona de Silvestro e a Robin Frijns acumularem 36 voltas nesta manhã de terça-feira. O jovem holandês ainda encerrou a primeira parte das atividades entre os dez primeiros.

A Andretti pouco testou na pré-temporada da F-E (Foto: F-E)

"Nós tomamos a decisão e vamos dar um passo atrás", afirmou Roger Griffiths, o chefe de equipe da Andretti, em entrevista ao site da revista inglesa 'Autosport'. "E essa decisão foi tomada pela cúpula e de forma coletiva", completou. "O pacote da primeira temporada se mostrou muito confiável e nós temos grande confiança na tecnologia desenvolvida pela McLaren e pela Spark, por isso é o melhor caminho a seguir a curto prazo", acrescentou o dirigente.

"Nós consideramos todos os diferentes fatores: quantidade limitada de testes, o potencial do novo trem de força, que é ótimo, a responsabilidade para com nós mesmos, nossos patrocinadores e a boa imagem da categoria", emendou.

"Efetivamente, nós perdemos cinco dias de testes. Poderíamos ter continuado a brigar contra esses problemas, mas se não tomássemos a decisão de mudar nesta noite, então teríamos perdido mais um dia de preparação para a primeira etapa", explicou.

Das dez equipes da F-E, apenas a Aguri optou por continuar usando o pacote da Spark desde o início, e Griffiths acredita que sua equipe poderá tirar ainda mais da tecnologia da marca ao longo da segunda temporada. "Ao longo do trabalho de desenvolvimento do trem de força, nós conseguimos formar uma equipe muito forte de engenharia. E uma parte desse esforço será colocada agora no novo pacote para que possamos tirar o máximo dele", afirmou o dirigente.

"O pacote da primeira temporada não terá potencial de desempenho final, mas terá confiabilidade, e o próximo campeonato será mais sobre consistência", acrescentou.

Griffiths ainda deixou claro que vai continuar a trabalhar no modelo ATEC-01 para a terceira temporada da F-E. "Nós não estamos desistindo do nosso trem de força, nós ainda somos construtores e vamos desenvolver essa tecnologia", garantiu o engenheiro.

"Ainda temos de testar o carro e retomar as atividades na próxima bateria, a partir de 1º de janeiro. Neste ínterim, vamos passar os próximos 30 dias avaliando o nosso projeto atual e fazendo melhorias", encerrou.

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